Luciana Fernandes, da B2Live: Turismo de massa pode incluir experiências diferenciadas
Diretora da B2Live, compartilhou suas dicas de marketing para o setor
A edição de aniversário de 50 anos da PANROTAS traz uma matéria especial que explora a evolução do marketing no Turismo. Com insights de 12 renomados profissionais do setor, a reportagem aborda como o marketing de empresas líderes tem se transformado e os desafios enfrentados atualmente. Cada entrevistado compartilha sua visão e experiências, proporcionando uma leitura detalhada sobre estratégias e práticas modernas.
A sétima profissional é Luciana Fernandes (@lucianafernandes), diretora da B2Live e ex-diretora de Marketing do Ministério do Turismo. Segundo a executiva, a maior mudança no marketing de destinos nos últimos anos está alinhada com o que disseram outros entrevistados: o viajante está mais focado na busca de experiências e autenticidade.
Assim, o marketing dos destinos precisa estar alinhado com essa demanda e entregar o que o turista busca, ir além de uma lista de atrativos e equipamentos. A tecnologia permite uma nova comunicação e promoção dos destinos e ela quer ver cada vez mais as ferramentas sendo usadas pelos secretários e diretores de Marketing e órgãos públicos.
Dicas para o Turismo
“Com as redes sociais, podemos mostrar essas experiências em pílulas curtas, em vídeos rápidos, em depoimentos em que os turistas podem compartilhar suas experiências”, exemplifica ela, que concorda com Bruno Reis, da Embratur, ao afirmar que infelizmente não há um alinhamento da promoção e do conteúdo compartilhado pelos destinos. “Quem procura o Brasil sofre com essa informação fragmentada. Sei que a Embratur está iniciando um trabalho, mas precisamos padronizar os discursos”, opina Luciana.
A diretora aproveitou para puxar a orelha dos receptivos pelo Brasil. A maioria, segundo ela, ainda está nos anos 2000 e isso não pode ocorrer, pois o receptivo representa o Turismo na ponta, onde as experiências precisam acontecer.
“Recife vive dos city-tours e de passeios a Porto de Galinhas e Carneiros. Mas eu como local sei que há muito mais a oferecer. O Turismo de massa também pode incluir experiências diferenciadas. Por que não temos a experiência do Carnaval de Olinda uma vez por semana?”, provoca.
A diversidade de produtos, segundo ela, precisa ser descoberta e valorizada pelos destinos, como o Mato Grosso do Sul descobriu, como o Rio e São Paulo já fazem. “Todos no mesmo ônibus não dá mais. É preciso personalizar”, vaticina. O novo marketing, segundo ela, não está apoiado nos produtos engessados e no ícone principal do destino. “Precisamos contar as histórias que temos, mostrar as experiências para os turistas serem atraídos.
E a promoção do Brasil? Segundo ela, precisa da cadeia do Turismo mais unida, o público junto com o privado, mesmo que a decisão seja ter um estande separado do cooperado da Embratur em determinada feira.
Revista PANROTAS Especial 50 anos
Esta matéria é parte integrante da Revista Especial de 50 anos da PANROTAS, onde você encontra essa matéria na íntegra, além de várias histórias do Turismo nestas últimas cinco décadas, e também dicas e ferramentas para turbinar seu negócio.