Da Redação   |   30/09/2024 19:23
Atualizada em 30/09/2024 19:24

Abav Expo 2024: o que deu certo e o que deu errado?

Evento reuniu mais de 20 mil profissionais de Turismo em três dias em Brasília

Passada a Abav Expo 2024, já é possível dizer o que deu certo e o que deu errado nesta que é uma das mais tradicionais feiras de Turismo do Brasil. A pressão era grande para esta 51ª edição, depois do show dado pelo Rio de Janeiro em 2023. O Rio, aliás, será a cidade anfitriã do evento em 2025, de 8 a 10 de outubro.

Leia a seguir alguns dos pontos positivos e negativos da Abav Expo 2024. E não se esqueça: compartilhe e discuta os eventos do Turismo conosco.

O que deu certo na Abav Expo 2024

  • Qualidade de quem esteve em Brasília: decisores, agentes de viagens qualificados de todo o Brasil, autoridades e donos de empresas.
  • A itinerância da Abav Expo mais uma vez se provou acertada pela qualidade dos buyers ali presentes. Nem só de expositores variados vive a itinerância de uma feira. Uma Abav Expo no Sudeste não teria a quantidade de agentes de viagens do Centro-Oeste como teve esta edição, mostrando que a variação de cidades anfitriãs deve seguir.
  • Bons produtos: havia novidades em todos os estandes.
  • Hub das operadoras: uma das áreas mais movimentadas da feira, reuniu, a poucos metros, CVC, ViagensPromo, BeFly, HotelDO, Trend, Visual, RexturAdvance, Sakura e a PANROTAS. Foi o espaço mais movimentado do evento.
  • Ter reunido 23 mil profissionais, mesmo com troca de data e lugar
  • CICB: o mapa do centro de convenções não foi o melhor (veja abaixo), mas o local é bem estruturado, limpo, novo, tem um bom hotel acoplado, seu rooftop recebeu uma festa linda da Voetur... pena que para uma feira como a Abav, desse tamanho, acabou virando um labirinto.
  • Festa da Voetur: melhor festa do ano. Uma aula de como organizar um evento, celebrar e deixar os convidados encantados – e à vontade. Impecável.
  • A presença do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, mostrando que a recuperação do Turismo do Estado está sendo levada a sério e terá os recursos necessários.
  • A qualidade da oferta gastronômica de Brasília. Muitos restaurantes atraíram os abavianos, como a nova Fogo de Chão, na beira do lago.
  • O espaço de artesanato do DF – pena que a sinalização não ajudou a ser mais visitado. Ideia pode ser aprimorada para as próximas edições.
  • A cobrança em público feita pela presidente da Abav Nacional, Ana Carolina Medeiros, para que o MTur cumpra a promessa de encaminhar uma MP que trate da questão da responsabilidade solidária das agências de viagens – um dos vetos da Lei Geral do Turismo.
  • O discurso lúcido do presidente da Embratur, Marcelo Freixo, com viés técnico e não político.
  • O lançamento do novo Panorama da Aviação Comercial Brasileira, pela Abear, no estande da PANROTAS.
  • A homenagem da Abav Nacional aos 50 anos da PANROTAS.
  • Os temas de alguns painéis do Abav Talks, como a Lei Geral do Turismo e a Judicialização no setor aéreo.
  • O local da abertura. Centro Ulysses Guimarães foi um acerto. Moderno e adequado para a abertura da Abav Expo 2024. Pena que o conteúdo não ajudou.

O que deve melhorar nas próximas Abav Expo

  • Cerimônia de abertura: uma das mais fracas dos últimos anos. Da falta de representatividade entre as autoridades (onde estão as mulheres?) aos discursos, nada, ou pouca coisa foi marcante.
  • A configuração do CICB: a Abav virou um labirinto e era difícil ter uma visão geral da feira. Estandes estavam escondidos em algumas partes, em um ziguezague cansativo para os buyers.
  • Trânsito para chegar ao CICB. Havia apenas uma via, que era parcialmente fechada.
  • Ausência de fornecedores tradicionais, como Orinter, Estados Unidos, Accor, destinos internacionais, entre outros.
  • Ao contrário do Rio, os presidentes das empresas aéreas não prestigiaram o evento.
  • Faltou sinalização nos pavilhões – era difícil até achar as escadas de acesso.
  • Alguns estandes resolveram fazer treinamentos em espaços abertos e com isso o som vazava para os estandes vizinhos. Isso se chama: falta de respeito (e de fiscalização).
  • Ao contrário do Rio, o Governo do Distrito Federal não se mostrou engajado em bem receber os abavianos. A Voetur fez as honras da casa, e o DF ficou devendo algo marcante. Ficou para a próxima.
  • Feira no sábado. É como se a Abav Expo 2024 tivesse tido apenas dois dias. No sábado, as principais lideranças das empresas já nem estavam mais em Brasília. Feiras B2B são comumente mais vazias em seus dias finais, e o fato de o evento ter concluído em um sábado agravou ainda mais a situação.
  • Poucas opções gastronômicas: Cadê os food trucks? Onde almoçar? As opções que tinham, ficaram escondidas.
  • Pouco monitoramento de entrada e saída: Houve funcionários da PANROTAS que entraram e saíram da feira e em nenhum momento seus crachás foram identificados na porta. Nenhum momento, de nenhum dia. Isso é grave. Os funcionários até viam, mas não contabilizaram no leitor.

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