Filip Calixto   |   26/03/2025 18:01

Revogação do PERSE coloca empresas de eventos em risco, opina Abeoc

Líder da associação pede união e mobilização para empresas do setor em prol da questão

Divulgação
Enid Câmara, presidente da Abeoc Brasil
Enid Câmara, presidente da Abeoc Brasil

A revogação do PERSE (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) representa um grave retrocesso para o Turismo no Brasil, com impactos diretos nas empresas de eventos e na geração de empregos. É assim que entende a Abeoc, em comentário sobre a possível interrupção do benefício. De acordo com a associação, a decisão ameaça a recuperação do setor, colocando em risco milhares de negócios e postos de trabalho.

O Turismo, que responde por 8% do PIB brasileiro, foi severamente afetado pela pandemia, com uma queda de 38% em sua receita. Para o segmento de eventos, o impacto foi ainda mais profundo, com uma perda completa de receita em um curto período. A recuperação do setor, que vinha apresentando um crescimento médio de 25% ao ano desde a implementação do PERSE, agora enfrenta sérias ameaças devido à revogação do programa.

Em 2024, o Turismo brasileiro alcançou um faturamento de R$ 512 bilhões, um aumento três vezes superior à média da economia nacional, impulsionado em grande parte pelos eventos. Porém, sem o PERSE, esse crescimento está em risco, pois as empresas do setor enfrentam dificuldades com a alta carga tributária e a instabilidade econômica. A Abeoc Brasil destaca ainda o impacto negativo sobre a empregabilidade, especialmente para as populações socialmente vulneráveis que dependem do turismo para sua inclusão no mercado de trabalho.

O Brasil já enfrenta um ambiente de negócios desafiador, com um dos maiores impostos sobre bares, hotéis e restaurantes, além de uma queda significativa no ranking de competitividade global. A insegurança jurídica também contribui para a desmotivação de investidores e empreendedores no setor.

Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, alerta que a revogação do PERSE pode interromper a recuperação do setor de eventos e prejudicar a sustentação do crescimento econômico gerado pelo turismo. A ABEOC Brasil e outras entidades do setor estão se mobilizando para reverter essa decisão e evitar que o setor de eventos, um dos principais motores da economia brasileira, sofra novos danos.

"Diante desse cenário, o momento exige ação. Empresários, associações e entidades do setor estão se mobilizando para impedir que o turismo de eventos, um dos grandes motores da economia brasileira, seja prejudicado por uma decisão que compromete o crescimento do país"

Presidente da ABEOC Brasil, Enid Câmara.

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