Cruzeiros e viagens corporativas são tema do Seminário Lide Turismo
Abracorp, Bancorbrás e MSC Cruzeiros debateram as potencialidades dos setores no País
Lideranças e especialistas debateram o setor de cruzeiros marítimos e viagens corporativas no Brasil no segundo painel do Seminário Lide Turismo, que aconteceu hoje (30) em São Paulo. Adrian Ursilli, diretor geral da MSC Cruzeiros, Siderley Santos, presidente da Abracorp, e Claudio Roberto Filho, diretor geral de Negócios e Marketing do Bancorbrás, participaram do debate, que teve como tema central "A expansão do Turismo marítimo e corporativo no Brasil".
Siderley apresentou um panorama das viagens corporativas no Brasil e no mundo. Destaques ficam com a projeção de faturamento das TMCs associadas à Abracorp, de R$ 15 bilhões. No ano passado, o faturamento atingiu o recorde de R$ 13,5 bilhões e no primeiro semestre deste ano foi de R$ 6,6 bilhões, alta de 5% sobre mesmo período de 2023.
Siderley comentou alguns gargalos para o setor no Brasil, sendo eles reflexo da pandemia, com muita mão de obra que "fugiu" daqui. "Mas acho que falta o âmbito federal, governamental e municipal olhar para esse segmento", disse.
Sobre outras características do setor, ele citou a tecnologia, mas sem deixar de lado o atendimento humano. "Estamos mais eficientes em tecnologia mas precisamos de capacitação em pessoas, o atendimento é o que vai fazer a diferença", disse.
Navegação potencial
Já o setor de cruzeiros, segundo Adrian Ursilli, é apenas 2% do Turismo global, o que mostra um grande potencial de crescimento. Ainda assim, no Brasil, apesar de um crescimento nas últimas temporadas - com direito a recordes -, as dificuldades são muitas para atrair mais navios para a nossa costa.
"Insegurança jurídica, alto índice de judicialização, altos custos e infraestrutura precária. Esses são os maiores problemas que as armadoras encontram por aqui"
Adrian Ursilli, diretor geral da MSC Cruzeiros no Brasil
Ainda assim, o País tem um grande potencial, inclusive de ter navios durante o ano inteiro. "Mas isso requer investimento em infraestrutura e a criação de ambiente favorável para essa operação", apontou Ursilli.
O diretor geral da MSC também ressaltou o potencial dos cruzeiros em receber eventos corporativos, o que já acontece com o Grupo MSC.