German e José Efromovich são presos pela PF em operação da Lava Jato
Suspeita é com esquema de fraudes em licitações e pagamento de propina a executivos da Transpetro
COM AGÊNCIA BRASIL
Policiais federais cumprem hoje (19) dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão na operação Navegar é Preciso, a 72ª fase da operação Lava Jato. Os alvos, entre eles os irmãos José e German Efromovich, são suspeitos de envolvimento com um esquema de fraudes em licitações e pagamento de propina a altos executivos da Transpetro, subsidiária da Petrobras responsável pelo transporte de combustíveis por meio de navios e dutos.
Segundo o G1, German Efromovich e José Efromovich foram presos preventivamente e cumprem prisão domiciliar por causa da pandemia de covid-19. Os dois empresários são donos do Eisa – Estaleiro Ilha S.A., que teria sido usado para pagamento de propina, e já presidiram a Avianca Holdings e a Avianca Brasil/OceanAir, mas as companhias aéreas não são citadas na investigação.
Os mandados, expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná, estão sendo cumpridos em Maceió, São Paulo e no Rio de Janeiro.
De acordo com a Polícia Federal (PF), os crimes teriam sido praticados em licitação e celebração de contrato de compra e venda de navios celebrados pela Transpetro, com um estaleiro não identificado, no âmbito do Promef, o programa federal para a reestruturação da indústria naval brasileira.
A investigação encontrou indícios de que o estaleiro pagou propina a um executivo da Transpetro à época, em troca de favorecimento de sua empresa na licitação para a construção e fornecimento de navios, em um valor global de mais de R$ 857 milhões.
A escolha do estaleiro foi feita, segundo a PF, sem levar em consideração estudos de consultorias que apontavam que a fabricante de navios não teria as condições técnicas e financeiras adequadas para a construção das embarcações.
O estaleiro ainda teria sido beneficiado com sucessivas prorrogações nos prazos para a entrega dos navios e aditivos contratuais. O pagamento da propina ao então executivo da Transpetro foi feito, de acordo com a PF, por meio de um contrato falso de investimento em empresa estrangeira, que previa o pagamento de uma multa de R$ 28 milhões, em caso de cancelamento do aporte.
O contrato de falso investimento teria sido firmado entre empresa dos executivos do estaleiro e uma ligada ao executivo da Transpetro. Os pagamentos foram feitos por meio de várias transferências a contas bancárias no exterior, em uma tentativa de lavar dinheiro e ocultar patrimônio. O prejuízo para a Transpetro chegaria, em valores corrigidos, a R$ 611,2 milhões.
Em nota, a Transpetro informou que “desde o princípio das investigações, colabora com o Ministério Público Federal e encaminha todas as informações pertinentes aos órgãos competentes. A companhia reitera que é vítima nesses processos e presta todo apoio necessário às investigações da Operação Lava Jato”.
Policiais federais cumprem hoje (19) dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão na operação Navegar é Preciso, a 72ª fase da operação Lava Jato. Os alvos, entre eles os irmãos José e German Efromovich, são suspeitos de envolvimento com um esquema de fraudes em licitações e pagamento de propina a altos executivos da Transpetro, subsidiária da Petrobras responsável pelo transporte de combustíveis por meio de navios e dutos.
Segundo o G1, German Efromovich e José Efromovich foram presos preventivamente e cumprem prisão domiciliar por causa da pandemia de covid-19. Os dois empresários são donos do Eisa – Estaleiro Ilha S.A., que teria sido usado para pagamento de propina, e já presidiram a Avianca Holdings e a Avianca Brasil/OceanAir, mas as companhias aéreas não são citadas na investigação.
Os mandados, expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná, estão sendo cumpridos em Maceió, São Paulo e no Rio de Janeiro.
De acordo com a Polícia Federal (PF), os crimes teriam sido praticados em licitação e celebração de contrato de compra e venda de navios celebrados pela Transpetro, com um estaleiro não identificado, no âmbito do Promef, o programa federal para a reestruturação da indústria naval brasileira.
A investigação encontrou indícios de que o estaleiro pagou propina a um executivo da Transpetro à época, em troca de favorecimento de sua empresa na licitação para a construção e fornecimento de navios, em um valor global de mais de R$ 857 milhões.
A escolha do estaleiro foi feita, segundo a PF, sem levar em consideração estudos de consultorias que apontavam que a fabricante de navios não teria as condições técnicas e financeiras adequadas para a construção das embarcações.
O estaleiro ainda teria sido beneficiado com sucessivas prorrogações nos prazos para a entrega dos navios e aditivos contratuais. O pagamento da propina ao então executivo da Transpetro foi feito, de acordo com a PF, por meio de um contrato falso de investimento em empresa estrangeira, que previa o pagamento de uma multa de R$ 28 milhões, em caso de cancelamento do aporte.
O contrato de falso investimento teria sido firmado entre empresa dos executivos do estaleiro e uma ligada ao executivo da Transpetro. Os pagamentos foram feitos por meio de várias transferências a contas bancárias no exterior, em uma tentativa de lavar dinheiro e ocultar patrimônio. O prejuízo para a Transpetro chegaria, em valores corrigidos, a R$ 611,2 milhões.
Em nota, a Transpetro informou que “desde o princípio das investigações, colabora com o Ministério Público Federal e encaminha todas as informações pertinentes aos órgãos competentes. A companhia reitera que é vítima nesses processos e presta todo apoio necessário às investigações da Operação Lava Jato”.