Justiça decreta falência da Avianca Brasil
Empresa chegou a ser quarta maior aérea em atividade do País
A justiça decretou na noite de ontem (14) a falência da Avianca Brasil, empresa aérea em recuperação judicial desde dezembro de 2018. A partir de agora, a companhia de José Efromovich tem 60 dias para apresentar uma relação completa e detalhada dos seus ativos.
A decisão foi tomada pelo juiz Tiago Henrique Papaterra Limongi, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. Foi ele quem acompanhou praticamente todo o processo de recuperação judicial da empresa.
Na semana passada, a Avianca Brasil pediu à justiça para ter sua falência decretada ao dizer que era incapaz de cumprir o plano de recuperação e honrar suas dívidas que somam um valor aproximado de R$ 2,7 bilhões.
BREVE HISTÓRIA
A Ocean Air foi fundada em 1998 pelo empresário José Efromovich. Em 2004, o Grupo Synergy, acionista da Ocean Air, comprou a Avianca Colômbia e determinou o foco em crescimento de market share e experiência do cliente. A atual marca Avianca Brasil foi lançada apenas em 2010, ano marcado também pela chegada do primeiro modelo Airbus da frota, quando a companhia ainda tinha apenas 2,6% de participação no mercado brasileiro (RPK).
Em 2016 foi implementada a internet a bordo e chegou o primeiro Airbus 320neo, e a participação já estava em 11,6%. No ano seguinte começou a operação diária internacional da empresa com voos para Miami e Nova York, nos Estados Unidos, e Santiago, no Chile, cancelados em marços de 2019, com a companhia já em recuperação judicial.
Até 2009, ainda como Ocean Air, foram 31 rotas operadas com 1,92 milhão de passageiros transportados e 1.609 funcionários no grupo. Na segunda fase, como Avianca Brasil, a empresa já somava 65 rotas, transportando 12,3 milhões de passageiros e empregando 5.690 funcionários até o ano passado. Em 2018 a Avianca Brasil atingiu o seu índice máximo na fatia de mercado com 13,4%.