Com dívidas de R$ 2,7 bi, Avianca Brasil pede falência
Sem voar desde maio do ano passado, empresa alegou não ter caixa para pagar dívidas
Em processo de recuperação judicial desde dezembro de 2018, a Ocean Air (mais conhecida como Avianca Brasil) pediu falência à justiça, segundo o colunista do Rogério Gentile, do UOL.
A companhia alegou não ter condições de arcar com o pagamento de suas dívidas que somam aproximadamente R$ 2,7 bilhões.Desde maio do ano passado sem voar, quando a Anac, por segurança, proibiu a empesa de operar, a falência da empresa já era aguardada.
A Ocean Air foi fundada em 1998 pelo empresário José Efromovich. Em 2004, o Grupo Synergy, acionista da Ocean Air, comprou a Avianca Colômbia e determinou o foco em crescimento de market share e experiência do cliente. A atual marca Avianca Brasil foi lançada apenas em 2010, ano marcado também pela chegada do primeiro modelo Airbus da frota, quando a companhia ainda tinha apenas 2,6% de participação no mercado brasileiro (RPK).
Em 2016 foi implementada a internet a bordo e chegou o primeiro Airbus 320neo, e a participação já estava em 11,6%. No ano seguinte começou a operação diária internacional da empresa com voos para Miami e Nova York, nos Estados Unidos, e Santiago, no Chile, cancelados em marços de 2019, com a companhia já em recuperação judicial.
Até 2009, ainda como Ocean Air, foram 31 rotas operadas com 1,92 milhão de passageiros transportados e 1.609 funcionários no grupo. Na segunda fase, como Avianca Brasil, a empresa já somava 65 rotas, transportando 12,3 milhões de passageiros e empregando 5.690 funcionários até o ano passado. Em 2018 a Avianca Brasil atingiu o seu índice máximo na fatia de mercado com 13,4%.
AVIANCA HOLDINGS
Em nota, a Avianca Holdings reiterou que a Ocean Air era uma empresa totalmente independente e que a quebra da empresa brasileira nada tem a ver com a Avianca Holdings e suas subsidiárias. "O relacionamento existente entre Avianca Holdings e Oceanair limitou-se à autorização por contrato para o uso da marca Avianca Brasil, encerrado em maio de 2019.
"Após a retomada das operações aéreas na região, a Avianca Holdings divulgará sua oferta de conectividade de e para o Brasil, via Bogotá, de acordo com a demanda do mercado", disse o conglomerado colombiano.