Danilo Teixeira Alves   |   06/07/2020 14:27
Atualizada em 06/07/2020 15:11

Com dívidas de R$ 2,7 bi, Avianca Brasil pede falência

Sem voar desde maio do ano passado, empresa alegou não ter caixa para pagar dívidas


Artur Luiz Andrade
José Efromovich, da Avianca Brasil
José Efromovich, da Avianca Brasil

Em processo de recuperação judicial desde dezembro de 2018, a Ocean Air (mais conhecida como Avianca Brasil) pediu falência à justiça, segundo o colunista do Rogério Gentile, do UOL.

A companhia alegou não ter condições de arcar com o pagamento de suas dívidas que somam aproximadamente R$ 2,7 bilhões.Desde maio do ano passado sem voar, quando a Anac, por segurança, proibiu a empesa de operar, a falência da empresa já era aguardada.

A Ocean Air foi fundada em 1998 pelo empresário José Efromovich. Em 2004, o Grupo Synergy, acionista da Ocean Air, comprou a Avianca Colômbia e determinou o foco em crescimento de market share e experiência do cliente. A atual marca Avianca Brasil foi lançada apenas em 2010, ano marcado também pela chegada do primeiro modelo Airbus da frota, quando a companhia ainda tinha apenas 2,6% de participação no mercado brasileiro (RPK).

Em 2016 foi implementada a internet a bordo e chegou o primeiro Airbus 320neo, e a participação já estava em 11,6%. No ano seguinte começou a operação diária internacional da empresa com voos para Miami e Nova York, nos Estados Unidos, e Santiago, no Chile, cancelados em marços de 2019, com a companhia já em recuperação judicial.

Até 2009, ainda como Ocean Air, foram 31 rotas operadas com 1,92 milhão de passageiros transportados e 1.609 funcionários no grupo. Na segunda fase, como Avianca Brasil, a empresa já somava 65 rotas, transportando 12,3 milhões de passageiros e empregando 5.690 funcionários até o ano passado. Em 2018 a Avianca Brasil atingiu o seu índice máximo na fatia de mercado com 13,4%.

AVIANCA HOLDINGS
Em nota, a Avianca Holdings reiterou que a Ocean Air era uma empresa totalmente independente e que a quebra da empresa brasileira nada tem a ver com a Avianca Holdings e suas subsidiárias. "O relacionamento existente entre Avianca Holdings e Oceanair limitou-se à autorização por contrato para o uso da marca Avianca Brasil, encerrado em maio de 2019.

"Após a retomada das operações aéreas na região, a Avianca Holdings divulgará sua oferta de conectividade de e para o Brasil, via Bogotá, de acordo com a demanda do mercado", disse o conglomerado colombiano.

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