Rodrigo Vieira   |   23/10/2024 19:07
Atualizada em 24/10/2024 12:19

América Latina se torna mais estratégica para BWH Hotels; veja análise

Rede, que já tem escritório no México, pretende abrir também no Brasil. Região tem alto potencial

PANROTAS / Rodrigo Vieira
Ron Pohl
Ron Pohl

CHARLOTTE (ESTADOS UNIDOS) - Se a BWH Hotels pretende abrir escritório no Brasil em 2025, isso não é uma coincidência. Segundo o presidente de Operações Internacionais do grupo, Roh Pohl, 2024 está sendo o melhor ano da história na conquista de novos hotéis e assinatura de contratos fora da América do Norte, onde está concentrada metade de suas propriedades.

O objetivo da rede, que hoje tem cerca de quatro mil hotéis ao redor do mundo, é escalar este número para 5,15 mil até 2029. Os índices e projeções acabam de ser apresentados na convenção anual na cidade de Charlotte.

A América Latina é mencionada como peça importante nessa meta apontada por Pohl. Segundo o executivo, o mercado da região fechará 2024 com US$ 25,74 bilhões em receita para o grupo e até 2029 deve chegar a US$ 31,71 bilhões.

"Ao lado de Oriente Médio-África e Ásia-Pacífico, a América Latina é um mercado representativo, com uma oportunidade única de expandirmos todas as nossas marcas. Temos toda estrutura para que isso aconteça", afirma o presidente de Operações Internacionais.

Ainda que tenha sido apontada como importante e estratégica, a América Latina fica bem atrás das outras regiões apontadas por Pohl. No Oriente Médio, impulsionada pela Arábia Saudita, a BWH Hotels deve escalar US$ 24 bilhões em cinco anos; Ásia-Pacífico, US$ 32 bilhões; enquanto na região onde Brasil e México estão localizados são previstos US$ 6 bilhões.

Diferentemente de outras redes hoteleiras e até de outros segmentos, a BWH Hotels não coloca América Latina debaixo do mesmo guarda-chuva do Caribe. Isso porque os desafios em operar e assinar novos contratos na América Latina já são complexos demais para o grupo. Esses desafios foram detalhados pelo vice-presidente Richard Rehwaldt, responsável pela operação latina, que também fez sua aparição no palco.

"A América Latina é gigantesca. Da Cidade do México, eu e meu time cobrimos mais de 32 milhões de quilômetros quadrados. É uma área de 21 países, 19 moedas, três idiomas e cinco fusos horários. É mais do que o dobro dos Estados Unidos. Um voo do México a Buenos Aires dura dez horas, mais longo do que voar de alguns locais dos EUA para a Europa", justifica.

A BWH tem 75 propriedades ativas na América Latina, que somam quase 6,5 mil quartos em 15 países na região. Desses, 25 hotéis estão na América do Sul, seis deles no Brasil.

Richard Rehwaldt analisa: "Os serviços que oferecemos são muito semelhantes aos que nossos hotéis recebem da marca nos EUA. E quanto mais nossas marcas forem conhecidas na região, mais os clientes buscarão nossos hotéis quando viajarem para o Exterior. Temos uma equipe de vendas considerável no México, uma equipe de gestão de receita e uma equipe de marketing que gerencia nossas campanhas on-line e foca nos nossos programas de fidelidade Best Western Rewards".

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Richard Rehwaldt
Richard Rehwaldt

A força do programa de fidelidade na América Latina

Segundo o executivo da BWH Hotels na América Latina, a contribuição para os hotéis membros da região por meio do programa de recompensas Best Western Rewards é de 45%, a maior contribuição em qualquer região fora da América do Norte.

"E, claro, temos uma equipe de garantia de qualidade que assegura que todos os nossos hotéis cumpram a promessa da nossa marca aos clientes, ajudando-nos a melhorar a percepção da marca", pondera.

Assim como na América do Norte, Best Western e Best Western Plus são as marcas predominantes do grupo na América Latina, somando 62 propriedades. Premier tem três; Aiden duas; Premier Collection tem uma Signature Collection em quatro e World Hotels também tem quatro.

"Temos 23 contratos assinados com propriedades em construção ou em reforma para alcançar nossos padrões na região. E de que marca serão esses hotéis? De novo, Best Western e Best Western Plus são a maioria, detendo dez desse total. Mas há interesse por outras marcas. Nos últimos anos temos visto maior interesse nas nossas marcas boutiques e coleções. Por exemplo, assinamos nosso primeiro GLo no México, e SureStay também está ganhando tração", afirma Rehwaldt . "Estamos confiantes de que, em 2025, alcançaremos a marca de 100 hotéis, que é um objetivo crucial para a América Latina", conclui.

A PANROTAS viaja a convite da BWH Hotels, com seguro viagem GTA.

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