Prefeitura do Rio lança exposição com fotos do 1º Carnaval pós-pandemia
Mostra faz parte da agenda de eventos da cidade para o G20 e está disponível no Museu de Arte do Rio
Com curadoria do cenógrafo, arquiteto e artista Gringo Cardia e do historiador e escritor Luiz Antônio Simas, a Prefeitura do Rio inaugurou, nesta terça-feira (20), a exposição Rio Carnaval, no Museu de Arte do Rio (MAR). A mostra faz parte da agenda de eventos da cidade para o G20.
Os fotógrafos Fábio Ghivelder, João Farkas, Igor Souto e Leonardo Ramadinha assinam as fotos lado a lado com o artista plástico Vik Muniz. A ideia surgiu a partir do livro Arte bilíngue (português-inglês) idealizado pela secretária municipal de Turismo, Daniela Maia.
"A ideia surgiu no fim de 2021. Não tivemos Carnaval naquele ano, então eu comecei a projetar o de 2022. Vi os livros e as imagens que tínhamos do Carnaval. E a maioria delas eram de conotação mais jornalística e menos de arte. E a arte do Carnaval precisa ser eternizada, as pessoas precisam ver a beleza que é o Carnaval e a beleza do olhar dos fotógrafos para as fantasias, a cultura e para a maior festa popular do mundo", disse Daniela Maia.
A exposição ocupa dois ambientes do museu – o térreo e o quinto andar –, abrigando cabine de projeção, 80 telas, sendo 40 medindo 1,50 m x 2 m e outras 40 medindo 0,80 cm por 1 m, além de outras duas de grandes proporções, de 5 m por 5 m.
"Essa exposição consegue retratar muito dessa arte, das manifestações culturais que representam o Carnaval brasileiro, obviamente a partir do Carnaval carioca. São cenas lindas, pessoas incríveis saídas da Marquês de Sapucaí ou no momento do desfile. É imperdível, vai ficar aqui no MAR um tempo e rodar o Brasil e o mundo", afirmou o prefeito Eduardo Paes.
Assim, o Carnaval ganha sua primeira grande exposição, em uma viagem fotográfica e em vídeo com imagens clicadas durante o desfile das escolas de samba do Grupo Especial de 2022, na Marquês de Sapucaí. Foi o primeiro Carnaval realizado presencialmente pós-covid-19, em uma data alternativa, abril de 2022.
A publicação reverencia os profissionais que não aparecem na mídia, como ferreiros, bordadeiras, iluminadores, aderecistas e costureiras, pois é possível identificar a maestria de seus dotes nos mínimos detalhes contidos nas fotos. O resultado é um registro do Carnaval carioca, fugindo de fotos jornalísticas ou da cobertura tradicional e trazendo a lágrima, o sorriso, o suor e magia que fazem o maior espetáculo da terra.
"Eu assisto os desfiles na Sapucaí há mais de 20 anos, é uma das coisas que mais gosto de fazer na minha vida. E ter tido a oportunidade de ter contato direto com todas as pessoas que saíam da Apoteose era uma coisa que eu já tinha pensado. Recebi o convite para fazer o livro que resultou nessa exposição. Foi uma experiência formidável, um Carnaval diferente para mim. Vi o que o Carnaval significava para cada pessoa que passava por aquele trajeto", declarou Vik Muniz.
Após a exposição no MAR, a mostra deve seguir para outros locais. Ela está em processo de validação de apresentação em algumas embaixadas brasileiras pelo mundo, por meio do Instituto Guimarães Rosa, braço cultural do Itamaraty. Tudo visando atrair mais turistas para o Rio de Janeiro.
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