Iata apoia sanção da Lei do Combustível do Futuro e destaca potencial do Brasil
Associação crê que essa perspectiva coloca o Brasil em um caminho promissor para liderar a produção de SAF
A Iata (Associação do Transporte Aéreo Internacional) manifestou apoio à sanção da Lei do Combustível do Futuro pelo governo brasileiro. A nova legislação, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última terça-feira (8), com o suporte do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, estabelece diretrizes para o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis no Brasil, especialmente para os setores aéreo e marítimo.
A lei prevê investimentos de R$ 260 bilhões, que podem evitar a emissão de mais de 705 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) até 2037. Durante a cerimônia de sanção, Lula destacou a posição estratégica do Brasil no cenário energético global.
"O Brasil é o país que fará a maior revolução energética do planeta, sem nenhum competidor à nossa altura. Nosso país vai sair na frente porque tem capacidade de produzir e de pesquisar, além de termos muita gente capacitada. Já plantamos, regamos e agora é a hora de colhermos"
Lula, presidente da República
A Iata acredita que essa perspectiva coloca o Brasil em um caminho promissor para liderar a produção de Combustível de Aviação Sustentável (SAF), elemento central na descarbonização do setor aéreo.
O ministro Alexandre Silveira reforçou a importância da produção de SAF como parte desse processo. "Hoje, estamos plantando uma nova semente, do combustível do futuro. Com a produção de SAF, não precisaremos mais importar nenhuma quantidade de querosene de aviação", afirmou. A independência energética no setor aéreo é vista como essencial para alcançar as metas globais de sustentabilidade, segundo a Iata.
"A Iata celebra essa aprovação, que estabelece um marco legal para promover a produção e o uso de Combustíveis de Aviação Sustentáveis (SAF), uma medida essencial para que o setor aéreo alcance a meta de zerar as emissões líquidas de CO2 até 2050"
Diretor de Transição Energética da Iata, Hemant Mistry
A associação reforça que continuará trabalhando ao lado do governo brasileiro e de outros parceiros estratégicos para que o Brasil se consolide como um líder global na produção e uso de combustíveis sustentáveis, contribuindo para uma aviação mais limpa e responsável. A nova lei é vista como um passo crucial para o futuro energético do País e para a transição para uma economia de baixo carbono.