Beatriz Contelli   |   06/09/2024 10:51

Anac firma acordo para estimular produção de SAF na aviação civil

Parceria com a ANP tem como objetivo desenvolver p mercado de combustível sustentável

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Acordo pretende zerar a emissão líquida de carbono até 2050
Acordo pretende zerar a emissão líquida de carbono até 2050

A Anac e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vão trabalhar no desenvolvimento do mercado de combustíveis sustentáveis para a aviação civil. Elas assinaram um acordo de cooperação técnica para, em parceria, atuar na regulação do uso do SAF (Combustível Sustentável de Aviação).

Com duração definida de 60 meses, o acordo prevê atuação das agências na criação e manutenção de base de dados de produção, importação, distribuição e preços de combustíveis de aviação, incluindo o SAF, no Brasil. A iniciativa é parte da meta global, proposta pela Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci), de zerar a emissão líquida de carbono no setor até 2050.

Entre as ações definidas, estão o aprimoramento de controles relativos à manutenção de aeronaves e abastecimento e qualidade dos combustíveis de aviação e a reunião de esforços para o desenvolvimento de metodologias para cálculo das intensidades de carbono dos SAFs e harmonização com os critérios da Oaci.

Esse compartilhamento de informações visa auxiliar na regulamentação do Projeto de Lei (PL) do combustível do futuro, em tramitação no Congresso Nacional. Entre outros pontos, o PL cria os programas nacional de combustível sustentável de aviação, diesel verde e biometano, além do marco legal de captura e estocagem geológica de dióxido de carbono.

Conexão SAF

Outro objetivo do acordo é fortalecer o fórum Conexão SAF, lançado recentemente pela Anac e ANP, que reúne setores público e privado com o objetivo de fomentar o desenvolvimento do mercado de SAF. Sua meta principal é identificar e elaborar propostas e soluções que permitam à aviação civil brasileira atingir a descarbonização por meio do uso de SAF.

A Conexão SAF busca promover o debate contínuo e estruturado de forma a identificar os desafios técnicos, regulatórios, tributários, produtivos e logísticos para a produção e o consumo de SAF no Brasil, propondo alternativas e iniciativas para tornar esses combustíveis viáveis economicamente.

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