Pedro Menezes   |   02/09/2024 10:14
Atualizada em 02/09/2024 10:17

Liberdade tarifária na aviação: passagens por até R$ 500 são hoje a maioria

Anac divulgou dados e a curva que mostra a comparação dos perfis dos valores dos bilhetes cobrados


Divulgação/Inframérica
Na análise, quanto mais passagens vendidas a valores baixos, melhor para a população
Na análise, quanto mais passagens vendidas a valores baixos, melhor para a população

Há exatos 22 anos, o Brasil dava início a sua política de liberdade tarifária na aviação comercial brasileira. Lá em 2022, com o início da liberdade tarifária, apenas 2,8% das passagens eram vendidas por até R$ 500. Exatos vinte anos depois, em 2022, já no pós-pandemia, 57% das passagens eram comercializadas com este teto de valor.

Marco Porto, gerente de Acompanhamento de Mercado da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), divulgou dados detalhados e a curva que mostra a comparação dos perfis dos valores dos bilhetes cobrados ao longo do tempo. No gráfico, além de 2002 e 2012, também há o recorte de 2012, uma década após a decisão.

"Nessa análise, a forma da curva nos diz muito, quanto mais passagens vendidas a valores baixos, melhor para a população, maior será a oportunidade de novos passageiros terem acesso às passagens, mais gente viajando, mais inclusão"

Marco Porto, gerente de Acompanhamento de Mercado da Anac
Divulgação
Gráfico mostra a evolução do preço das passagens desde 2002
Gráfico mostra a evolução do preço das passagens desde 2002

Ao observarmos a curva de 2002, momento no qual ainda sofríamos os reflexos de uma política de controle de preços e rotas, vemos que praticamente não existiam passagens comercializadas por menos de R$ 500,00 (2,6% apenas). Em contraste, nas demais curvas, mais de 50% das passagens estavam disponíveis sob este teto.

"Entendo que em algumas situações, como em regiões remotas, pode ser necessária uma maior discussão quanto ao fomento à operação em rotas pouco atrativas para garantia da acessibilidade, mas vejo com clareza que o caminho adotado pelo setor é positivo na busca pela inclusão", destacou Marco, em sua análise.

Destaque ainda para os valores das tarifas médias nos três períodos, que mostram uma gradual redução dos preços, afetada no curto prazo pela pandemia, que acabou pressionando os custos do setor.

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