Pedro Menezes   |   27/04/2025 16:34
Atualizada em 27/04/2025 17:33

CEO do Hurb seguirá preso após ser flagrado furtando obras de arte

Justiça do Rio convertou prisão em flagrante em preventiva ao citar a garantia da ordem pública


Divulgação/Hurb
João Ricardo Mendes, fundador do Hurb
João Ricardo Mendes, fundador do Hurb

O CEO do Hurb, João Ricardo Mendes, preso pela polícia civil na última sexta-feira (25) acusado de furtar obras de arte, vai permanecer detido. A Justiça do Rio convertou a prisão em flagrante em preventiva ao citar que há necessidade de garantir a ordem pública e econômica por João possuir diversas anotações criminais por delitos patrimoniais, conforma documento que o Portal PANROTAS obteve acesso.

A Justiça do Rio informou ainda que a conduta de João Ricardo é "dotada de especial gravidade" por conta da invasão a domiício profissional. O empresário foi flagrado por câmeras de segurança do próprio estabelecimento no momento da ação e preso por políciais civis 16ª DP (Barra da Tijuca).

A Juíza de Direito no caso foi Andressa Maria Ramos Raimundo, que indeferiu o pedido de liberdade provisória e convertou em prisão preventiva. Segundo ela, "como forma de garantia da ordem pública, nos termos do artigo 312 do CPP", cita ela em sua decisão.

"Vale ressaltar que a conduta é dotada de especial gravidade em razão de ter sido cometida por meio de invasão ao domicílio profissional das vítimas. Como é cediço, a casa é “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial” (art. 5º, XI, da CF/88). Ressalta-se que se inclui no conceito de casa o “compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade” (art. 150, § 4º, III, do CP). A gravidade em concreto do crime é motivo bastante a justificar a decretação da prisão preventiva com objetivo de proteger a ordem pública".

Trecho da decisão da juíza Andressa Maria Ramos Raimundo

Enquanto isso, a empresa na qual é fundador, hoje já não tem Cadastur, não tem alvará para operar, não fechou acordo com a Senacon e teve seu site bloqueado pela justiça. São medidas contra o antigo Hotel Urbano, que acumula mais de R$ 100 milhões de dívidas e mais de 34 mil processos na justiça.

João Ricardo Mendes inclusive já foi flagrado discutindo com clientes em grupos de WhatsApp e acusando Senacon por prejuízo. O CEO do Hurb está em uma série de vídeos, prints e áudios em que o Portal PANROTAS obteve acesso xingando clientes e debochando de decisões contra a empresa.

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