Bruno Hazov   |   23/05/2024 10:27
Atualizada em 23/05/2024 10:30

Vantagens e desvantagens: as dores do setor de propriedade compartilhada

CEOs falam dos desafios deste mercado no Brasil


PANROTAS / Bruno Hazov
Danilo Samezima, CEO da Oceanic Empreendimentos, Francisco Costa Neto, Sócio-Diretor na Beta Advisory, José Roberto, CEO da Mundo Planalto e Diego Vallatti, CEO do Grupo Pedra da Ilha
Danilo Samezima, CEO da Oceanic Empreendimentos, Francisco Costa Neto, Sócio-Diretor na Beta Advisory, José Roberto, CEO da Mundo Planalto e Diego Vallatti, CEO do Grupo Pedra da Ilha

No 1º dia de Adit Share 2024, realizado no Tauá Resort Atibaia, CEOs e diretores de importantes empresas hoteleiras falaram sobre as expectativas positivas para o mercado de propriedade compartilhada, além das diversas vantagens deste modelo de negócios.

Na abertura do 2º dia de evento, a palestra intitulada "As dores do mercado de propriedade compartilhada", revelaram as dificuldades que esses CEOs enfrentaram ao longo desses 12 anos de fomentação do setor no Brasil, com a presença dos palestrantes Francisco Costa Neto, sócio-diretor na Beta Advisory, José Roberto, CEO da Mundo Planalto, Danilo Samezima, CEO da Oceanic Empreendimentos e Diego Vallatti, CEO do Grupo Pedra da Ilha.

Uma opinião unânime foi a de que o início do setor foi muito turbulento no Brasil, pois além da falta de legislação e de regras claras para este mercado, os investidores tiveram que lidar com a desconfiança geral do público, que não acreditava nesse modelo de negócios.

"A compressão do cliente do mercado também é um obstáculo, pois muitas vezes o consumidor desconhece as particularidades do mercado de propriedade compartilhada, o que pode dificultar os negócios. Daí a importância de uma apresentação completa por parte do time de vendas. O cliente precisa entender a particularidade do produto que ele está adquirindo"

Diego Vailatti, CEO Grupo Pedra da Ilha

Outra dificuldade citada é da processo de venda, que é muito mais complexa que a venda de um imóvel tradicional ou que o processo de reserva de uma unidade hoteleira tradicional.

"A venda é mais difícil e muito mais longa que aquela do mercado imobiliário tradicional. Por isso é preciso uma equipe comercial focada e experiente para poder comercializar as unidades, com toda a transparência necessária para o consumidor. E quanto mais clientes novos entram, mais é necessário investir para melhor atendê-lo"

Danilo Samezima, CEO Oceanic Empreendimentos


José Roberto falou da sua experiência de levar a bandeira Hard Rock Hotel para Gramado (RS), uma marca internacional consolidada e com identidade visual única, com anos de atuação no mercado hoteleiro.

A maior dor de trabalhar com uma marca conhecida, como é o Hard Rock, é atender ao padrão internacional da marca, o nível de exigência que a marca estabelece pode ser uma tarefa dura de se alcançar"

José Robeto, CEO da Mundo Planalto

Outro ponto levantado de maneira unânime foi a necessidade de muitos empreendimentos de realizarem retrofit para poder diferenciar suas unidades habitacionais para melhor atender às inividualidades de seus clientes.

"No início do setor, nós comercializávamos unidades idênticas umas às outras, com pouquíssimas unidades com diferenciais como banheiras, hidromassagem ou quartos maiores. Isso se mostrou um erro, pois agora estamos tendo que realizar diversos retrofits para adequar as habitações"

Fracisco Neto, da Beta Advisory

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