Como foi o começo da multipropriedade no Brasil? A visão dos CEOs
CEOs analisam início das operações de multipropriedade e timeshare no País
Durante o 1º dia do Adit Share 2024, realizado no Resort Tauá Atibaia, CEOs de empreendimentos hoteleiros que atuam no mercado de multipropriedade falaram do começo das operações fracionadas no Brasil e suas visões para este segmento no curto e longo prazo.
Sob mediação de Carolina Pinheiro, Vice-Presidente de desenvolvimento da Wyndham Hotéis para a América Latina, os CEOs Gustavo Rezende da GR Group, Alessandro Cunha, da Aviva, e Milton Vasconcelos, do MME, falaram sobre sua entrada no mercado de multipropriedade e timeshare e os desafios para o avanço da operação no Brasil.
"Começamos esse tipo de operação em uma época em que as leis desse mercado ainda não estavam regulamentadas. Essa falta de legislação nos levou em um caminho de erros e acertos e muito trabalho para tentar consolidar o modelo no mercado brasileiro. Se hoje já é difícil empreender em solo brasileiro, mais difícil é fazer isso de maneira pioneira, sem outros cases para se basear. Até 2026 pretendemos dobrar o valor da nossa empresa, dada as expectativas otimistas do mercado"
Gustavo Rezende, CEO do GRGroup
Alessandro Cunha, CEO da Aviva, lembrou o início do mercado de multipropriedade no Brasil, quando o modelo ainda era um mistério para o consumidor e para o investidor brasileiro.
"As pessoas não acreditavam nesse mercado fracionado no começo. Quando apresentávamos as propostas, as pessoas olhavam com desconfiança. Foram muitos tropeços pelo caminho, porém a qualidade do produto e do modelo, aliados a muito esforço de nossa parte, ajudaram a consolidar esse modelo de negócios na Aviva"
Alessandro Cunha, CEO da Aviva
Analisando os primeiros passos do mercado, o Milton Vasconcelos comparou o momento atual do MME com o início das operações, revelando que, hoje, com sua visão atual do mercado, não teria comercializado propriedades por um período tão longo quanto quatro semanas, priorizando contratos mais curtos e de longo prazo (menos semanas de uso e mais anos de contrato).
"Também teria levado em consideração a educação ao longo prazo do cliente sobre o modelo de multipropriedade, pois sinto que, hoje, muitos dos nossos clientes não entendem direito o conceito, o que prejudica um pouco os negócios. Investir em educação do cliente quanto ao modelo que praticamos torna o mercado mais transparente"
Milton Vasconcelos, presidente do MME
Todos eles encerraram o painel com muito otimismo para os próximos anos, projetando crescimentos consecutivos no volume de vendas, no VGV desses empreendimentos e na construção de novos hotéis.