Setor de viagens corporativas tem melhor fevereiro desde 2015, diz Alagev
Levantamento da entidade em conjunto com a FecomercioSP aponta faturamento de quase R$ 9 bilhões no mês




Além do caso da aviação, dados dos meios de hospedagem também indicam a demanda aquecida, com taxa de ocupação e tarifa média superando os níveis anteriores a 2020, e o corporativo tem grande parcela nessa retomada.
Segundo o LVC, apesar de os custos ainda estarem elevados em relação ao ano passado, já há sinais de desaceleração e até mesmo recuo de preços em alguns serviços de Turismo. Essa tendência, de tarifas mais moderadas, é essencial para que os gestores de viagens das empresas tenham mais previsibilidade e espaço para ampliar a frequência de viagens, encontros e eventos, estimulando todo o setor.
“No relatório anterior, sobre janeiro, já tínhamos apresentado o melhor desempenho do mês desde 2015 e esse recorde foi batido novamente, quando comparamos fevereiro com o mesmo período dos últimos anos. As agendas de eventos estão lotadas e percebemos a valorização de encontros presenciais”, comentou a diretora executiva da Alagev, Giovana Jannuzzelli.
De maneira geral, o dado de fevereiro é muito positivo. Mostra que as viagens corporativas estão nos patamares similares aos de antes da pandemia. Ou seja, se consolidando no seu tamanho normal, próximo aos R$ 10 bilhões de faturamento mensais.
No entanto, para que atinja novos recordes, não somente pelo aumento de preços, mas por conta de uma demanda ainda mais aquecida, a Alagev defende que é necessário que o País apresente um crescimento mais forte, com taxas de juros adequadas. Por exemplo, a SELIC em 13,75% ao ano é um grande entrave aos investimentos produtivos. Ela deve começar a cair no segundo semestre deste ano e não terá grande efeito para 2023, mas trará ainda mais expectativa para o setor corporativo, que já tem comemorado bons números.