Karina Cedeño   |   05/07/2016 16:52

Baixa demanda corporativa faz setor perder R$ 4,5 bi

Devido à queda de 4,2% no fluxo de viajantes corporativos no período entre janeiro a maio deste ano, as receitas do setor sofreram redução de 3,4%, o que equivale a uma perda de R$ 4,5 bilhões na cadeia produtiva. Dentre as causas, podem ser destacados alguns fato



Devido à queda de 4,2% no fluxo de viajantes corporativos no período entre janeiro a maio deste ano, as receitas do setor sofreram redução de 3,4%, o equivalente a uma perda de R$ 4,5 bilhões na cadeia produtiva. Dentre as causas, podem ser destacados alguns fatores como o custo do crédito aos consumidores e produtores (taxas de juros), o crescente desemprego gerado na economia e as incertezas que ainda permeiam os mercados.

“Nesse quadro de crescente retração da demanda, as empresas estão alocando seus recursos em ativos reais e adiando investimentos e novos negócios no Brasil para se proteger de possíveis surpresas nos resultados negativos da economia”, afirma o professor da Universidade Federal do Ceará, Hildemar Brasil (foto), também coordenador do Indicador Econômico de Viagens Corporativas (IEVC).

No que se refere ao cenário internacional, o saldo da balança comercial nos primeiros cinco meses, segundo o Banco Central do Brasil, apresentou superávit de US$ 7,4 bilhões contra um déficit de US$ 20 bilhões, no ano passado. O ajustamento cambial a favor das exportações e a retração das importações, estimada em 26,9% no período analisado justificam tal resultado. A compra de dólares para viagens corporativas recuou 38%, fato que pode ser explicado pela redução do tempo de permanência dos executivos no Exterior, pelo uso das atuais tecnologias da comunicação e pelo adiamento de novas captações no mercado global, que também apresenta taxa de crescimento econômico moderado.

“As previsões para o primeiro semestre deste ano sobre o mercado de viagens corporativas apontam um valor negativo e aproximado de -3,78%, com perda de emprego e estrangulamento financeiro das empresas de transporte aéreo de passageiros”, finaliza o professor.

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