Karina Cedeño   |   06/05/2016 16:54

Desemprego gera nova queda na demanda corporativa

A demanda corporativa continua a apresentar índices decrescentes: no primeiro trimestre deste ano a queda acumulada foi de 3,4%, o que gerou retração de 2,5% nas receitas da cadeia produtiva e uma redução de 5% nos postos de trabalho. Dados do Banco Central apontam uma queda de 24,2% no volume de r

A demanda corporativa continua a apresentar índices decrescentes: no primeiro trimestre deste ano a queda acumulada foi de 3,4%, o que gerou retração de 2,5% nas receitas da cadeia produtiva e uma redução de 5% nos postos de trabalho.

“Há muitos motivos que contribuem para este cenário, como a retração de 10,9% na demanda interna ocasionada pelo desemprego, as altas taxas de juros praticadas sobre o consumo e a produção, além da perda de 2,6% do poder de compra, sem contar a incapacidade governamental de incrementar investimentos diante do déficit em suas contas”, ressalta o professor da Universidade Federal do Ceará, Hildemar Brasil, também coordenador do Indicador Econômico de Viagens Corporativas (IEVC).

Dados do Banco Central apontam uma queda de 24,2% no volume de receitas de viagens a negócios para o Exterior, enquanto o faturamento das exportações recuou 5,3% no primeiro trimestre deste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado. O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria da Fundação Getúlio Vargas recuou 12,3 pontos no mesmo período, atingindo 72,6 pontos, mínimo da série iniciada no terceiro trimestre de 2012.

No que se refere à produção, a Fundação IBGE divulgou em sua pesquisa mensal da indústria uma retração de 11,7% no acumulado do ano corrente (janeiro a março), confirmando a recessão presente na economia do País. “A indefinição de estratégias de curto, médio e longo prazo permeia a equipe econômica do governo federal, que insiste, polemiza e nada concretiza, empurrando o setor produtivo para o mais alto nível de desconfiança já visto no Brasil nos últimos 20 anos”, conclui Brasil.

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