Cidades brasileiras têm pior queda econômica ante os Brics
As cidades analisadas tiveram um encolhimento real de 1,9% em Produto Interno Bruto (PIB)
“As cidades brasileiras testemunharam, entre 2011 e 2016, a pior performance econômica entre os mercados urbanos do Bric (Brasil-Rússia-Índia-China).” Esta é a mais recente análise feita pelo Euromonitor International. De acordo com o instituto, as cidades do Brasil analisadas tiveram um encolhimento real de 1,9% em Produto Interno Bruto (PIB).
O distanciamento entre as brasileiras e as cidades de outros países do Bric foi puxado pela instabilidade político-econômica nacional. A até então consolidada posição de segunda maior economia do bloco foi perdida, em 2014, para a Índia.
Com uma análise feita por cidades e não por país, a explicação para os fracos resultados pode ser a característica urbana da população brasileira – 86% moram em cidades, ante 74% da Rússia, 56% da China e 33% da Índia.
Sete cidades brasileiras sofreram quedas de dois dígitos no PIB, com destaque para São Paulo e Salvador. “Rio de Janeiro, por outro lado, reservou um intenso boom econômico”, afirma a analista de Cidades da Euromonitor, Iryna Sychyk. No período, enquanto outras cidades tiveram quedas significativas, o Rio cresceu em 5% seu Produto Interno Bruto – evidentemente que influenciado pela realização dos Jogos Olímpicos.
RETOMADA
O cenário futuro não é dos piores, no entanto. O Euromonitor International afirma que a manutenção de São Paulo como maior economia e Rio de Janeiro como quarta maior não passa despercebido pelos investidores nacionais e internacionais.
Para reforçar essa ideia, o instituto cita a expansão do Uber em São Paulo, a nova operação da Emirates de seu A380 em Guarulhos e o investimento da Coca-Cola em uma nova instalação no Rio de Janeiro.