Califórnia: lei deve proibir acusados de assédio em hotéis
Botão de pânico também é previsto em projeto de lei; objetivo é proteger camareiras de possíveis agressões e assédios

A segunda mudança é que os hotéis californianos serão obrigados a manter registros de todos os hóspedes acusados de algum delito dentro da propriedade - assaltos ou assédios, por exemplo - arquivados por cinco anos. Assim, se algum funcionário do hotel sofrer algum tipo de ameaça ou assédio de hóspedes, estes serão impedidos de se hospedar no mesmo local por até três anos.
"Nós ouvimos muito sobre os perigos para as camareiras de hotel, que muitas vezes trabalham em situações que as colocam em risco de agressão sexual ou assédio", afirmou Al Muratsuchi, um dos legisladores californianos responsáveis pelo projeto de lei, junto de Bill Quirk. "Este seria um passo importante para manter esses funcionários a salvo de qualquer dano."
O porta-voz de Muratsuchi, Kerry Jacob, afirmou ao site Travel Weekly que o legislador teve debates com indústria hoteleira antes de propor as mudanças, e acrescentou que o projeto de lei deve ser ouvido ainda nesta primavera nos Estados Unidos (outono no Brasil). Quanto ao custo que os botões de pânico trariam aos hotéis, Jacob preferiu não dar uma estimativa, dizendo que o valor dependerá do tamanho da equipe do hotel.
PROTESTO DA INDÚSTRIA
A American Hotel & Lodging Association (AHLA) disse em comunicado que está avaliando a proposta de lei na Califórnia. Em lei similar aprovada em 2016 em Seattle, porém, a entidade entrou com uma ação judicial contra a decisão, afirmando que proibir acusados de assalto ou assédio "tira dos hóspedes seus direitos de processo devido legal".
O grupo teria uma aceitação maior à regulamentação Hands Off, Pants On, aprovada em novembro de 2017 em Chicago. A lei cobra a existência dos botões de pânico, mas não exige a proibição de convidados acusados de algum tipo de agressão.
*Fonte: Travel Weekly
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