Fraport confirma retorno dos voos ao Salgado Filho em outubro
Obra de recuperação da estrutura do aeroporto está estimada em R$ 700 milhões
A Fraport Brasil apresentou ao Governo Federal o estudo de avaliação da pista do aeroporto de Porto Alegre, que ficou submersa por 23 dias, e a projeção de retomada das operações. Os resultados, como vimos no Portal PANROTAS, apontaram a necessidade de reconstrução parcial da pista de pouso e decolagem.
Apesar disso, a concessionária reafirmou que a retomada da operação no aeroporto ocorrerá em outubro, com 50 voos diários, como também anunciado pelo Portal PANROTAS. Para essa operação parcial de pousos e decolagens, será necessário a liberação de 1.700 metros da pista, o que depende da pronta recuperação desta parcela da área.
Já a completa recuperação do aeródromo só deve ocorrer em dezembro. Enquanto isso, a concessionária seguirá atuando para acelerar o processo de retomada e recuperação de toda a infraestrutura aeroportuária, enquanto mantém um diálogo aberto com o Governo Federal para que o contrato de concessão seja reequilibrado e possibilite a conclusão das obras.
“A Fraport Brasil reforça o compromisso com o cumprimento do contrato de concessão firmado com a Anac e a pronta recuperação do Rio Grande do Sul. Em breve devolveremos à sociedade gaúcha um dos melhores aeroportos do Brasil"
Andreea Pal, CEO da Fraport Brasil
Recuperação total do aeroporto terá um custo de R$ 700 milhões
Na parte antiga da pista, em 2.000 metros, a placa de concreto que fica na base da estrutura foi preservada. Porém, as camadas superiores, até o pavimento, foram comprometidas. Será necessário retirar em torno de 45 centímetros da camada de asfalto para a intervenção de recuperação"
Já na parte nova da pista, inaugurada em 2022, uma extensão de 500 metros ficou submersa, porém, com impacto menor. Será necessária a recuperação da camada de asfalto, com a retirada e recuperação em torno de 15 centímetros desse trecho. As cabeceiras da pista, por sua vez, foram preservadas.
As faixas preparadas, localizadas ao lado da pista e fundamentais para a operação de voos, por sua vez, não foram comprometidas. A iluminação da pista, tanto lateral como central já foram recuperadas e estão em condições para pousos visuais, assim que as subestações de energia elétrica forem recuperadas.
A substituição de peças e componentes para viabilizar a recuperação e reutilização das subestações, por sua vez, já foi iniciada. As obras de recuperação da estrutura do aeroporto, incluindo a pista de pousos e decolagens estão estimadas em R$ 700 milhões.