Web Summit: baixa remuneração e sexismo atingem mulheres na área de tecnologia
Pesquisa: mulheres no setor tecnológico continuam se sentindo mal remuneradas e sub-representadas
Um estudo divulgado pela Web Summit revelou o panorama da força feminina na área de tecnologia. Apesar de somar mais de mil fundadoras de startups participando do Web Summit em novembro, o que configura um recorde, as mulheres no setor tecnológico continuam se sentindo mal remuneradas e sub-representadas.
De acordo com o relatório em 2024 Women in Tech Survey, ainda há otimismo em relação ao potencial da Inteligência Artificial para promover mudanças positivas, bem como outras conclusões.
- Mais da metade (50,8%) das mais de mil mulheres entrevistadas relatou ter experienciado sexismo no local de trabalho, um índice que tem mostrado pouca alteração nos últimos anos;
- Quase metade (49,1%) das mulheres no setor tecnológico sentem-se pressionadas a escolher entre a família e a carreira – um aumento de 7% em relação ao ano passado;
- Há otimismo em relação ao potencial da IA para promover mudanças positivas. Mais de 68% das participantes veem o impacto da IA e da automação na igualdade de gênero como positivo;
- Cerca de um terço (29,6%) das mais de mil mulheres pesquisadas apontaram o financiamento como um grande obstáculo para iniciar um negócio;
- Apesar dos desafios, quase 76% delas concordam que se sentem capacitadas para procurar e/ou ocupar cargos de liderança;
- E mais de 80% afirmam que há uma mulher na gestão de topo na sua empresa.
“Por que temos mil startups fundadas por mulheres se juntando a nós no Web Summit este ano, e por que esse número continua crescendo? Essa é a pergunta que me vem à mente quando vejo os resultados da pesquisa mostrando que as mulheres ainda enfrentam os mesmos desafios. É frustrante que questões como sexismo, remuneração injusta, síndrome do impostor e equilíbrio entre vida pessoal e profissional continuem aparecendo — muitas vezes parece que estamos presos nas mesmas conversas. No entanto, não posso deixar de sentir esperança. Mais mulheres estão se destacando, liderando e trazendo suas startups para eventos como o Web Summit”
Carolyn Quinlan, vice-presidente de comunidade do Web Summit