Beatriz Contelli   |   28/11/2024 12:11

Summittour 5.0: como as mudanças climáticas estão impactando o Turismo?

Evento demonstra que os efeitos climáticos e a emissão de carbono contribuem negativamente para o setor

PANROTAS / Beatriz Contelli
 Ricardo Dupont, da Anac, Rafael Andreguetto, do Instituto Água e Terra, Juliana Bettini, do BID, e Paulo Albuquerque, da Embratur
Ricardo Dupont, da Anac, Rafael Andreguetto, do Instituto Água e Terra, Juliana Bettini, do BID, e Paulo Albuquerque, da Embratur

FOZ DO IGUAÇU (PR) - O segundo dia de Summittour 5.0, promovido pela parceria entre Itaipu Parquetec e Embratur, segue instigando os participantes com reflexões sobre conservação do meio ambiente e a importância de promover um Turismo mais sustentável e regenerativo.

Paulo Albuquerque, da Embratur, conduziu um bate-papo sobre o impacto das mudanças climáticas no Turismo com três especialistas no tema: Juliana Bettini, da BID, Ricardo Dupont, da Anac, e Rafael Andreguetto, do Instituto Água e Terra.

“O Turismo é, ao mesmo tempo, um setor que produz altas taxas de gases de efeito estufa, mas também é amplamente afetado pelos extremos climáticos. Se destinos, empreendimentos e viajantes não compreenderem o papel de cada um nessa mudança, teremos o risco de ver atrativos turísticos desaparecerem ou perderem sua biodiversidade”,

Juliana Bettini, da BID

O coordenador de Meio Ambiente da Anac reforçou o lançamento do Corsia (Mecanismo de Redução e de Compensação de Emissões de Dióxido de Carbono da Aviação Internacional), documento do qual o Brasil é signatário e que visa compensar, até 2035, as emissões provenientes da aviação internacional que ultrapassem 85% dos valores registrados em 2019, sem comprometer o crescimento do setor. Mas as rotas que envolvem o Brasil só passam a contar para efeitos de compensação a partir de 2027. A medida entra em vigor em janeiro de 2025.

“O objetivo é que a aviação continue crescendo, oferecendo cada vez mais voos, sem permitir que as emissões de carbono cresçam junto. É necessário mais planejamento a nível nacional, para que consigamos evitar queimadas e demais impactos ambientais”, explicou Dupot.

Andreguetto completou as falas relembrando que o viajante e as comunidades locais também são parte do processo de mudança, que só ações por parte do poder público não bastam. “É preciso conhecer para conservar. Como pedir para o viajante preservar o meio ambiente, se ele não tem acesso aos nossos atrativos naturais?”, questionou.

O Summittour 5.0 segue até hoje (28), no Itaipu Parquetec. Todas as notícias do evento podem ser acessadas clicando aqui.

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