Receptivos no Brasil e a era da experiência: quais as oportunidades e desafios?
Tema foi debatido por players deste setor no palco do segundo dia de Fórum PANROTAS 2025

No segundo dia de Fórum PANROTAS 2025, um painel trouxe para pauta os desafios e como está o cenário atual do Turismo de experiência e o papel crucial dos receptivos no Brasil. Em um cenário em que o viajante contemporâneo busca por algo além do tangível, querendo experiências, voltar com aspectos intelectuais além de apenas visitar um atrativo, é imprescindível a atuação das DMCS.
O bate-papo, mediado pela gerente de Produto e Negócios Senior da Azul Viagens, Giulliana Mesquita, contou com a participação de Any Brocker, da Brocker Turismo, Christiane Teixeira, da Luck Receptivo, Bruno Teixeira, da VeryLatin, e Carolina Stolf, da Embratur.
“O Turismo de experiência transcende o simples passeio ou atrativo, buscando transformar o turista. É trazer algo a mais, fazer com que o turista saia do passeio se sentindo melhor, que saia modificado”, pontua a CEO do Grupo Brocker, Any Brocker.
E o Brasil, com sua vasta diversidade natural e cultural, possui um potencial imenso para se destacar no cenário global deste Turismo. A gestora estratégica da Embratur, Carolina Stolf, aponta que País tem potencial para ser protagonista na competitividade global para ser um destino de experiência.
Um sentimento que foi ecoado pela diretora da Luck Receptivo em João Pessoa, Christiane Teixeira, apaixonada pelo Brasil e, principalmente, pelo Nordeste, destacando a variedade de paisagens do nosso país.
“O Brasil tem lugares incríveis para fazer Turismo de experiência, com muita diversidade. Lugares de calor, de frio, montanha, praias, vales. E precisamos conhecer e explorar mais para colocar na prateleira para o cliente”, acrescenta.
Para qualidade, profissionais treinados
Um dos desafios centrais identificados na conversa foi a necessidade de profissionais qualificados nos receptivos. Segundo Christiane, “em receptivos não há como importar, ou trazer alguém treinado. É preciso desenvolver a pessoa do próprio lugar para entregar a melhor experiência na ponta. Por isso, tem de treinar, treinar muito".
Any Brocker compartilhou os aspectos da experiência da Serra Gaúcha, onde a criação de produtos e roteiros atrativos e a conexão com a identidade do destino foram cruciais ao longo dos 30 anos de atuação da Brocker no destino.
“No começo tínhamos de criar produtos e inventar roteiros atrativos, passeios e experiências para incrementar a semana do passageiro que passava por lá. Durante estas décadas, fomos acompanhando o desenvolvimento do destino como um todo e criando experiências para conectar com a cara do destino, pensando no perfil e do que queremos entregar para o passageiro. Focando sempre na emoção, na conexão, em encantar o cliente”, complementa Any.

Poder da tecnologia x papel do agente
A tecnologia está crescendo sem precedentes e seus recursos, como a inteligência artificial, acabam sendo grandes aliados do agente de viagens e demais profissionais do Turismo. Para o gerente de Negócios na VeryLatin, Bruno Teixeira, a IA é uma ferramenta auxiliar e não veio para substituir.
“Estamos vivendo a era da informação e, ainda mais na pandemia, muitos profissionais, como agentes e guias, aprenderam sobre destinos por meio de conteúdos no YouTube. É uma ferramenta que dá acesso desde o ribeirinho, lá no Pantanal, até os guias nos grandes centros, como Rio e São Paulo. Já a IA é um braço extra para nos ajudar”, afirma.
Viagens planejadas não só no Exterior, no Brasil também
Outro ponto muito importante levantado por Christiane Teixeira, da Luck, foi a necessidade de uma mudança de mentalidade em relação ao planejamento de viagens dentro do Brasil. A profissional questionou se, no Exterior, os brasileiros sempre planejam suas viagem e marcam os passeios com antecedência, por que o mesmo não acontece em viagens dentro do País?
“A venda de experiências exige conhecimento e tempo, diferentemente da venda de serviços básicos, como transfer in e out. A falta de planejamento pode levar a experiências menos enriquecedoras e prejudicar a imagem do Turismo nacional. É preciso começar a mudar nosso mindset. Por que em viagens internacionais sabemos exatamente o que vamos fazer em cada dia? Por que não nos organizamos assim no nosso país para que nossa experiência no local seja ainda melhor?”, perguntou.
Foi com essa visão que o painel mostrou que vender a experiência antecipadamente e incentivar o planejamento são passos cruciais para garantir que cada viajante sinta de fato o potencial transformador do Turismo de experiência no Brasil.
Patrocinadores Fórum PANROTAS 2025
O Fórum PANROTAS 2025 conta com a aliança institucional da CNC SESC SENAC, apoio institucional da Embratur, Setur Alagoas e o patrocínio de AbavSP | Aviesp, Abreu, Accor, Ancoradouro, Assist Card, Aviva, B2B Reservas, Beach Park, BeFly, BWH Hotels, BTG Pactual, Civitatis, ClickBus, Copastur, Coris, CVC, Decolar, Disney Cruise Line, Disneyland Resort Califórnia, Walt Disney World Resort Flórida, Enjoy, Experience Kissimmee, EZLink, FundturMS, Gol AirFrance KLM, Grupo Bancorbrás, Grupo BRT, Grupo Cataratas, Grupo R1, Grupo Wish, GTA, HotelDO, Iberia British, Intercity, Kaluah, Latam Delta, Maringá Turismo, Mondiale, Movida, Omnibees, Orinter, República Dominicana, Sabre, Sebrae, Sheraton São Paulo WTC Hotel, Shift, SEMTUR Maceió, SunCoastUSA, Tes Cenografia, Tyller, Viaje Paraná e Visite São Paulo CVB.