Pedro Menezes   |   22/08/2024 09:34
Atualizada em 22/08/2024 11:23

Confira as prioridades dos empreendedores na retomada do Rio Grande do Sul

Aumentar vendas (59%), equilibrar finanças (58%) e reconstruir o negócio (45%) são as prioridades


Divulgação/Embratur Sebrae
O estudo buscou identificar como está a recuperação dos micro e pequenos empreendedores do Estado
O estudo buscou identificar como está a recuperação dos micro e pequenos empreendedores do Estado

Uma pesquisa do Sebrae Rio Grande do Sul identificou quais são as prioridades dos empreendedores gaúchos nesta retomada pós-enchente que devastou o Estado em maio. O estudo buscou identificar como está a recuperação dos micro e pequenos empreendedores, seu desempenho, necessidades e perspectivas para o próximo bimestre.

Aumentar vendas (59%), equilibrar finanças (58%), reconstruir o negócio (45%) e busca por crédito (44%) são as prioridades dos empreendedores entrevistados pelo Sebrae RS (veja a lista completa abaixo). Ao todo, foram entrevistados 597 empreendedores e o nível de confiança é de 95%, com margem de erro de 3%.

"Nossa pesquisa mostra que a fase mais aguda após os alagamentos de maio foi relativamente superada. Esses dados são importantes porque demonstram de forma clara alguns caminhos que podem ajudar neste momento e traz subsídios para que desenvolvam estratégias e soluções assertivas de resolução. É latente a necessidade de fortalecer os pequenos negócios, que é o setor que vai impulsionar mais rapidamente a economia"

Ariel Fernando Berti, diretor-superintendente do Sebrae RS

Sobre o impacto nos pequenos negócios

  • 90% dos entrevistados revelaram terem sido afetados de alguma maneira.
  • Destes, 36% relataram danos em parte de suas estruturas
  • 28% não sofreram danos estruturais, mas enfrentaram paralisações devido a uma série de fatores
  • 26% indicaram completa destruição das suas instalações.
  • Apenas 10% afirmaram não terem sido impactados.
  • 75% das empresas já estão operando desde julho.
  • Apenas 23% não haviam retornado.
  • Já 2% dos pesquisados admitiram o encerramento total da operação.


Faturamento das micro e pequenas empresas

  • Redução do faturamento no último bimestre foi um processo apontado por 86%
  • Para 60% deles, a queda foi superior a 40%.
  • Para 90%, os negócios foram afetados de alguma maneira pelos eventos climáticos.
  • 46% dos entrevistados procuraram financiamento para seus negócios
  • 34% já conseguiram financiamento
  • 13% estão em processo de análise para o financiamento
  • O valor médio obtido foi de R$ 92,7 mil por empresa.

Os principais motivos para buscar financiamento foram o pagamento de contas (62%), reformas e obras civis (49%), aquisição de máquinas e equipamentos (45%), compra de estoque (44%), compra de bens duráveis (37%), pagamento de funcionários (34%), pagamento de dívidas (31%) e compra de matéria-prima (23%).

Fatores que mais afetaram os negócios

O estudo do Sebrae RS listou ainda 11 fatores que mais afetaram os negócios no último bimestre.

  • Falta de recurso financeiro (50%)
  • Falta de clientes (48%)
  • Custos de recuperação da estrutura e de equipamentos (43%)
  • Perda de mercadorias/estoque (42%)
  • Problemas na estrutura física da empresa (38%)
  • Interrupções na operação (37%)
  • Dificuldade de recebimento de entrega de mercadorias (34%)
  • Endividamento do negócio (26%)
  • Alta dos custos de matéria-prima e insumos (23%)
  • Falta de matéria-prima e insumos (20%)
  • Ausência dos colaboradores impossibilitados de trabalhar (15%)

Expectativas para a economia do Rio Grande do Sul

  • Segundo 62% dos entrevistados, há confiança na melhora do seu ramo de atividade.
  • Já 44% estão confiantes no incremento da economia do RS para o próximo bimestre.
  • Dos entrevistados, 60% têm a intenção de manter as atividades nos próximos dois meses
  • 31% revelaram que pretendem expandir o negócio.
  • Já 47% preferem manter a situação atual.


Em relação ao financiamento, 58% dos entrevistados têm intenção de buscar crédito no próximo bimestre para atender às necessidades de capital de giro, aquisição de máquinas e equipamentos, bem como pagamento de dívidas e inovação.

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