Estudo revela hábitos e preferências dos viajantes LGBTQ+
Pesquisa foi realizada pela Arival com mais de 1 mil viajantes que passarem por destinos dos EUA
O mercado de viagens LGBTQ+ está em ascensão, e os turistas desse segmento demonstram um importante impacto na indústria turística, de acordo com um recente relatório da Arival. O estudo O viajante de experiências LGBTQ+ revela quem são esses viajantes, o que desejam e como os fornecedores de experiências podem melhor atender às suas necessidades.
"O mercado de viagens LGBTQ+ representa uma oportunidade para a indústria turística", afirma Stephen Joyce, vice-presidente de conteúdos da Arival. "São aventureiros que gastam muito e buscam não só novos destinos, mas experiências inclusivas que reflitam seus valores", complementou
Veja a seguir as principais conclusões apontadas pelo estudo:
- Os viajantes LGBTQ+ gastam mais e fazem mais
Viajantes da comunidade LGBTQ+ não são apenas numerosos, mas também grandes gastadores. Segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) e a Associação Internacional de Viagens de Gays e Lésbicas (IGLTA), esse segmento contribui com mais de US$ 200 bilhões anualmente para o setor de viagens globalmente. Só nos EUA, os viajantes LGBTQ+ representam mais de US$ 65 bilhões anuais.
Também tendem a ser mais jovens, com 82% entre 18 e 54 anos, em comparação com 60% dos demais viajantes. Esse grupo demográfico mais jovem é mais propenso a buscar e gastar em experiências diversas durante suas viagens. Eles visitam mais atrações, realizam mais atividades ao ar livre e participam de mais excursões do que outros viajantes. - Flórida, Califórnia e Nova York são os principais destinos escolhidos pelos viajantes LGBTQ+
Os destinos oferecem uma mistura de paisagens urbanas, escapadas à praia e grandes parques temáticos. Os parques de atrações são especialmente populares entre os viajantes gays. - Os viajantes LGBTQ+ preferem marcas acolhedoras e inclusivas
Inclusão, representação e segurança pessoal são fatores cruciais para os viajantes LGBTQ+ ao escolher destinos e marcas de viagem. Mais de 66% dos viajantes LGBTQ+ preferem destinos e marcas que sejam acolhedores para pessoas LGBTQ+, em comparação com 39% dos outros viajantes. Eles também tendem a evitar locais que não se alinham com seus valores sociais e pessoais. - Reservas de última hora e compartilhamento online prevalecem entre os viajantes LGBTQ+
Os viajantes LGBTQ+ são conhecidos por seus hábitos de reserva de última hora, com quase metade reservando suas viagens com apenas uma semana de antecedência. Essa espontaneidade se deve provavelmente à sua menor idade e flexibilidade financeira.
Além disso, os viajantes LGBTQ+ são mais ativos em compartilhar suas experiências de viagem online, publicando avaliações e conteúdos em plataformas como Google, Facebook, TikTok, YouTube e Instagram.
Esse comportamento de compartilhamento amplifica seu impacto nas marcas de viagens e destinos, tornando avaliações positivas e presença nas redes sociais fundamentais para os operadores.
Recomendações para os operadores turísticos
- O marketing inclusivo importa: Garanta representações diversas e inclusivas das pessoas nos materiais de marketing. Apresente todos os tipos de famílias para gerar confiança em sua marca.
- Demonstre esforços autênticos de inclusão: A verdadeira inclusão vai além do marketing. Compreenda e aborde as necessidades únicas e as preocupações de segurança dos viajantes LGBTQ+ para fomentar um ambiente acolhedor.
- Dê boas-vindas às famílias LGBTQ+: Reconheça o crescente número de famílias LGBTQ+ e projete experiências que apoiem e acolham as diversas estruturas familiares.
- Aproveite o maior gasto: Os viajantes LGBTQ+ têm um maior poder aquisitivo. Crie experiências adaptadas a esse mercado afluente, mas evite táticas que não são sinceras.
- Colabore nas recomendações: Faça parcerias com outros negócios inclusivos para oferecer pacotes de experiências ou recomendações, melhorando a experiência geral da viagem e promovendo segurança e conforto.
- Direcione-se aos entusiastas de parques de atrações: Com grande interesse por parques de diversões, os operadores desse setor devem se direcionar ativamente à comunidade LGBTQ+.