Veja 5 tendências para o Turismo das Américas, diretamente de Las Vegas
Temas foram destaque no evento MarketHub Americas, realizado pelo Grupo HBX, antiga HotelBeds
LAS VEGAS (EUA) – O evento MarketHub Americas 2024, recém-concluído pelo Grupo HBX em Las Vegas, trouxe diversos insights sobre o setor de Turismo, tanto em nível global como regional.
Confira abaixo pontos de destaque debatidos no MarketHub Americas, do Grupo HBX
1- 2024 será um ano de recordes
De acordo com o head of Membership do World Travel & Tourism Council (WTTC), Adolfo Reyes, 2024 será um ano de recordes para o Turismo, com a contribuição econômica global do setor atingindo US$ 11,1 trilhões, um aumento de 12,1% em comparação com o ano anterior. Trata-se de um acréscimo de US$ 770 bilhões de dólares em relação ao recorde anterior do setor.
"Neste ano, todos os indicadores estarão em tendência positiva e acima dos níveis de 2019. Vale destacar que os mercados domésticos foram os primeiros a se recuperar", afirma Reyes, dando ênfase à recuperação doméstica de viagens no Brasil e nos EUA.
"O panorama geral é que a procura global de viagens aéreas no primeiro semestre do ano aumentou 21%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Portanto, o contexto geral é bastante positivo para viagens"
Olivier Ponti, diretor de Marketing e Inteligência da Forward Keys
Apontamentos:
- A região da Ásia-Pacífico registrou 44% de crescimento na demanda de viagens no período;
- As Américas são a segunda região com melhor desempenho em todo o mundo, com mais 16% de crescimento;
- A Europa registrou 12% de crescimento;
- O Oriente Médio e a África continuam a crescer, embora a um ritmo mais lento, registrando 11% de alta
2-Turismo de luxo ganha mais espaço
De acordo com dados divulgados pelo diretor de Marketing e Inteligência da Forward Keys, Olivier Ponti, houve um aumento de 44% nas reservas de cabines premium em voos da América Latina com destino aos Estados Unidos no primeiro semestre de 2024 (até 24 de maio), no comparado com o mesmo período de 2023, o que significa que viajantes premium continuam a representar boas oportunidades de negócios.
"Os destinos mais buscados pelos viajantes de luxo nos EUA são Las Vegas, Miami, Boston, Nova York e Orlando. Então, o segmento de luxo deve mirar nesses destinos, sem deixar de lado outros que ainda não têm esse mercado como alvo. As pessoas pensavam que essa tendência das viagens premium teria vida curta. Não é o caso. Ainda há uma demanda muito forte por viagens nesse segmento e, portanto, boas oportunidades”, destaca Olivier.
Em outro painel do evento, o chief growth officer do Grupo HBX, Mark Antipof, mostrou que até 2032 o segmento de viagens de luxo estará valendo US$ 2,1 trilhões.
3-Turismo musical: de olhos (e ouvidos) nos shows
O show da Madonna no Rio de Janeiro foi destaque do painel de Olivier Ponti, que fez uma relação da realização do show com o aumento da demanda doméstica no Brasil. Uma escolha acertada, segundo ele. Mas não é só isso.
- Um painel do evento apresentado pelo gerente geral de Negócios de Varejo do Grupo HBX, Bertrand Sava, mostrou que o Turismo musical gera grande impacto econômico na economia dos destinos. Um exemplo é o show do grupo de k-pop BTS, que gerou US$ 32,6 bilhões para a economia da Coreia do Sul;
- A turnê The Eras Tour, da cantora Taylor Swift, fez com que a busca por voos para Singapura aumentassem 241% com mais de 500 mil fãs se hospedando nos hotéis do destino;
- Celine Dion é a artista de maior bilheteria, trazendo US$ 680 milhões para os destinos onde realiza shows;
- Além disso, o Turismo musical traz consigo um valor agregado, considerando que além de assistir ao show, o viajante poderá conhecer o destino onde ele é realizado.
4-Turismo é alvo fácil para ataques cibernéticos
Cada vez mais o setor de Turismo se torna um alvo para hackers e crimes cibernéticos, considerando não apenas as receitas geradas, como também o extenso banco de dados de viajantes que ficam armazenados em sites de hotéis e outras empresas do setor. Quem diz é o consultor executivo da empresa Fox-IT, Christo Butcher.
“Eu diria que, no setor de viagens e Turismo, a segurança cibernética geralmente não está na lista de prioridades de gestão. Isso significa que muitas organizações não estão cientes desse problema ou não sabem como se proteger dele"
Christo Butcher, consultor executivo da empresa Fox-IT
Segundo ele, a cibersegurança deve ser resultado da união dos players do setor e não feita de forma separada. “Um desafio dentro do mercado de segurança cibernética é que existem muitos fornecedores de soluções, grandes nomes, muito marketing. Há muitos fornecedores que desejam vender seus produtos e não necessariamente resolver um problema. Portanto, o mercado comercial de segurança cibernética não é fácil. A segurança também tem que vir da sua própria estratégia de negócios.”
A chief Technology and Operations Officer do Grupo HBX, Paula Felstead, deu dicas para que os agentes de viagens possam se proteger de ataques cibernéticos sem a necessidade de gastar muito dinheiro com isso. Veja aqui.
5- Viagens corporativas estão mais planejadas
"Uma coisa que mudou durante a pandemia é que, quando olhamos para as viagens de negócios, perdemos parte das viagens feitas de última hora", comenta Olivier Ponti. "As viagens corporativas hoje tendem a ser planejadas com mais antecedência e aquelas viagens de última hora simplesmente não acontecem mais, ou acontecem muito menos do que antes. As pessoas hoje preferem ficar on-line, trabalhando de forma remota", conclui o diretor de Marketing e Inteligência da Forward Keys.
O Portal PANROTAS viaja a convite do Grupo HBX, com seguro viagem GTA.