O que os millennials esperam da sua marca? Veja 6 insights
Comportamento desta geração mudou nos últimos anos e as empresas devem estar atentas a isso
É fato que muita coisa mudou depois da pandemia e uma delas é o comportamento da geração millennial, bem como suas prioridades. Para acompanhar os novos hábitos, as empresas devem se adaptar a eles e, acima de tudo, entender como os millenials se envolvem com as marcas. É o que revela um levantamento feito pela empresa de pesquisas GWI com usuários da internet com idade entre 16 e 64 anos, em diversos mercados do mundo.
Confira abaixo seis insights aos quais sua marca deve se atentar para se conectar com os consumidores da geração millennial, de acordo com o estudo:
Valorizar questões sociais
Os millennials valorizam as questões sociais. Diversidade, inclusão e direitos iguais são mais importantes para essa geração do que para a geração X ou os baby boomers. Dois terços dos millennials dos Estados Unidos dizem que boicotariam uma marca ou empresa com comportamentos homofóbicos, racistas ou transfóbicos. A inclusão do corpo também é uma questão de destaque, pois muitos millennials não querem ver expectativas irreais tornarem-se tendência. E como eles estão criando suas próprias famílias, querem ajudar a definir novos padrões de diversidade e igualdade.
O velho ditado “ações falam mais do que palavras” contém muita verdade para eles. Mais da metade dos millennials dos EUA dizem que os norte-americanos têm responsabilidade de protestar caso sintam que algo é injusto. Sendo assim, as marcas podem se diferenciar dos concorrentes promovendo um impacto social significativo. A palavra “valores” é frequentemente mencionada quando se trata da conquista dos consumidores da geração millennials pelas marcas.
Oferecer confiabilidade e valor além do custo
Para a geração millennial, a confiabilidade é um fator primordial. Em tempos de desaceleração econômica, especialmente quando a fidelidade à marca é testada, os consumidores estão procurando maneiras de obter valor além do custo.
Quase metade dos millennials são leais às marcas que gostam, então se elas tiverem bons fornecedores e puderem gerenciar o controle de qualidade dos produtos que fornecem, terão clientes fiéis. E as empresas podem levar isso adiante, apoiando os consumidores nos pós-compra. Os millennials são 10% mais propensos do que a média para solicitar um atendimento via chat ao vivo para fazer uma compra, e estar à disposição deles para lidar com quaisquer dúvidas que possam ter é uma forma simples e eficaz de ganhá-los. Eles também valorizam feedbacks dados por outros consumidores.
A redução de custos também é um objetivo dos millennials: em 12 mercados pesquisados, pouco mais de um terço dos millennials dizem que estão buscando maneiras de reduzir os custos de suas contas no último ano, e cerca de um quinto chegou a buscar um segundo emprego para ajudar nas economias. Sendo assim, as marcas devem ajustar suas propostas de valor para que estejam de acordo com essa mentalidade consciente dos custos.
Apostar em podcasts
A indústria dos podcasts está em expansão e estima-se que, no ano que vem, valerá US$ 4 bilhões. A geração millennial está liderando esse crescimento, sendo a que passa mais tempo ouvindo podcasts diariamente. Sim, a relação dos millennials com os podcasts é forte. Na verdade, eles são 16% mais propensos do que o consumidor médio a passarem pelo menos duas horas por dia ouvindo podcasts. E não apenas passam mais tempo ouvindo, mas também são os mais engajados e os mais propensos a descobrir marcas enquanto estão sintonizados.
Quando se trata de gêneros que despertam seu interesse, comédia, música, TV e filmes estão no topo da lista, mas os gêneros de podcast mais característicos da geração millennial são pais e família, jogos e tecnologia. Isso fornece uma visão interessante sobre o pai da geração millennial, que é uma pessoa multitarefas em movimento. A pesquisa de 2021 da GWI mostrou que 22% dos trabalhadores dessa geração relatam ouvir podcasts enquanto se deslocam, mais do que a geração X (17%) e a geração Z (16%).
Os podcasts costumam ter apresentadores ou especialistas discutindo tópicos de maneira autêntica e coloquial, o que ajuda a criar confiança com os ouvintes. Devido à variedade de tópicos, as marcas têm a oportunidade de atingir um segmento de nicho de ouvintes engajados, que se identificam com os valores da marca. Os gêneros de comédia e música são os principais interesses de podcast da geração millennial e 11% dos millenials dizem que descobrem novas marcas ou produtos por meio de anúncios de podcast.
Trabalhar a nostalgia
A nostalgia é uma grande tendência na mídia agora, com remakes e remasterizações de filmes angariando recordes de bilheteria e permitindo que a geração millennial reviva sua infância. E com sentimentos de esgotamento digital e sobrecarga de informações, quem pode culpá-los?
Filmes, músicas e programas de TV acionam as saudades e a música e as indústrias de jogos também estão embarcando no trem da nostalgia. Isso pode ser um sinal de que os millennials estão sentindo falta dos bons tempos. Por isso, as marcas nem sempre precisam lançar um novo produto. Podem reviver produtos que já foram sucesso no passado, ainda mais se eles foram fortes ou deixaram algum legado.
59% dos millennials gostam de ver marcas ou empresas usando anúncios ou logotipos antigos. Considerando o quanto as marcas gastam em publicidade, é provável há há muitas oportunidades para as empresas reviverem o passado, como o McDonald's fez recentemente quando tirou o pó de seu clássico mascote Careta, com grande sucesso. Ou seja, para ficar na mente dos millennials, as marcas não precisam reinventar a roda; basta explorar o que já fez os consumidores se conectarem a elas.
Bem-estar como prioridade
A partir do primeiro trimestre de 2023, os millennials têm passado 2h30 nas redes sociais diariamente – 17 minutos a mais por dia do que em 2015. São 39 minutos a mais do que na TV aberta, o segundo canal com mais audiência. A mídia social é a preferência de muitos millennials quando se trata de receber notícias e entretenimento.
Entretanto, essa overdose de conexão tem feito com que os millennials se sintam cansados. Hoje, o tempo on-line diário dessa geração é menor do que era em 2015. Quando comparado com o pico da geração millennial em 2017, eles estão gastando 48 minutos a menos por dia on-line. É um sinal de mudança no estilo de vida, ou seja, os millennials são fazendo uma pausa no mundo digital.
Neste momento, suas prioridades estão se movendo para o off-line. Pós-pandemia, eles estão se concentrando mais em objetivos do mundo real. Ao comparar suas vidas agora até 2019, 77% dos millennials dizem que estão mais conscientes sobre sua saúde e bem-estar, e 61% são mais propensos a procurar novos hobbies. As marcas devem reconhecer as motivações por trás dessa pausa, apostando no desejo de equilíbrio e bem-estar.
Redução de gastos com luxos
Os consumidores frequentemente priorizam seus gastos e economizam em algumas áreas para fazer o dinheiro sobrar. Nesse contexto, a pesquisa revela que os luxos são o primeiro corte que os consumidores millennials fazem em seus gastos.
Entretanto, quando se trata de viajar, eles são mais flexíveis com essa decisão. As férias ainda são uma grande compra, embora haja vários itens do dia a dia que os millennials prefeririam cortar de seus orçamentos. O estudo revelou um aumento de 22% na geração millennial planejando comprar férias no exterior e aumento de 15% nos que pretendem comprar viagens nacionais.
Esses são apenas alguns dos novos comportamentos dos millennials revelados pelo estudo. Para ver quais são os outros, clique neste link e acesse a pesquisa completa.