Turismo nacional cresce 33,5% no primeiro semestre
Faturamento do setor chegou a R$ 94 bilhões no período, de acordo com levantamento da FecomercioSP
O Turismo nacional encerrou o primeiro semestre com faturamento de R$ 94 bilhões, representando um crescimento de 33,5% em relação ao mesmo período de 2021. Os números são do levantamento do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dados do conselho apontam que a recuperação do setor tem sido consistente. Contudo, a análise do resultado semestral requer cautela. Em primeiro lugar, porque os seis primeiros meses de 2022 registraram um fluxo expressivo de passageiros remarcando as viagens adiadas pela pandemia. Além disso, o faturamento tem sido influenciado, também, pela alta da inflação.
Isto é, para manter o fôlego, o Turismo dependerá, cada vez mais, de novas compras, com preços bem mais elevados. Considerando a situação econômica do País (com inflação e endividamento altos), o Conselho de Turismo da FecomercioSP avalia que será difícil manter um crescimento robusto nos próximos meses – até porque a elevação dos custos, que atinge as empresas, dificulta promoções e descontos, os quais poderiam atrair novos consumidores.
Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da entidade, ressalta que os bons resultados dependem da percepção, tanto das famílias como do empresariado, de uma estabilização econômica. Ela também pontua que os efeitos da poupança compulsória em virtude da pandemia já começam a perder força, e o número de pessoas e empresas com recursos para viagens, hospedagem e eventos sentirá o impacto da carestia.
“Como a inflação dos insumos não permitirá redução significativa dos preços, será necessário entender qual será a prioridade dada ao Turismo nos próximos meses. Lembrando também que a Copa do Mundo no fim do ano pode ser, ao mesmo tempo, um catalisador e um desviador de demandas para o setor”, conclui.
Com os bilhetes aéreos mais caros, os consumidores têm considerado distâncias menores na hora de viajar. Por isso, o transporte rodoviário se tornou uma opção. O “efeito de substituição” levou o segmento a crescer 15,5%, no contraponto anual. Outras atividades que também podem se beneficiar deste contexto são os hotéis mais próximos dos grandes centros.
Também avaliado no levantamento, o grupo de alojamento e alimentação faturou R$ 4,6 bilhões – alta anual de 25,4% (o montante, porém, é 12% inferior ao registrado no pré-pandemia). Já o nível do faturamento das atividades relacionadas a locação de veículos, agências e operadoras, entre outros serviços de Turismo, ficou 4% superior ao visto em junho de 2021.
Importante destacar que o regresso do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para 25% sobre remessas ao exterior em determinados países, como é o caso dos Estados Unidos, tem dificultado a competitividade e o desempenho das agências e operadoras no Brasil. Atenta a isso, a FecomercioSP tem trabalhado para que haja uma nova Medida Provisória, retornando o IRRF aos 6%.
As demais altas registradas pelo levantamento foram observadas nas atividades culturais, recreativas e esportivas (17,1%) e no transporte aquaviário (11,6%).
Dados do conselho apontam que a recuperação do setor tem sido consistente. Contudo, a análise do resultado semestral requer cautela. Em primeiro lugar, porque os seis primeiros meses de 2022 registraram um fluxo expressivo de passageiros remarcando as viagens adiadas pela pandemia. Além disso, o faturamento tem sido influenciado, também, pela alta da inflação.
Isto é, para manter o fôlego, o Turismo dependerá, cada vez mais, de novas compras, com preços bem mais elevados. Considerando a situação econômica do País (com inflação e endividamento altos), o Conselho de Turismo da FecomercioSP avalia que será difícil manter um crescimento robusto nos próximos meses – até porque a elevação dos custos, que atinge as empresas, dificulta promoções e descontos, os quais poderiam atrair novos consumidores.
Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da entidade, ressalta que os bons resultados dependem da percepção, tanto das famílias como do empresariado, de uma estabilização econômica. Ela também pontua que os efeitos da poupança compulsória em virtude da pandemia já começam a perder força, e o número de pessoas e empresas com recursos para viagens, hospedagem e eventos sentirá o impacto da carestia.
“Como a inflação dos insumos não permitirá redução significativa dos preços, será necessário entender qual será a prioridade dada ao Turismo nos próximos meses. Lembrando também que a Copa do Mundo no fim do ano pode ser, ao mesmo tempo, um catalisador e um desviador de demandas para o setor”, conclui.
RESULTADOS DE JUNHO
No sexto mês do ano, o setor faturou R$ 16,4 bilhões, alta de 32,5% na comparação com igual período do ano passado. Todos os grupos analisados pelo levantamento da FecomercioSP apontaram crescimento. O destaque ficou por conta do setor aéreo, com faturamento de R$ 5,1 bilhões no mês – alta de 92,2% na comparação anual. Este desempenho superou em 5,2% o resultado de junho de 2019. Além da recuperação da demanda no pós-pandemia, o encarecimento das passagens também influenciou os números do segmento.Com os bilhetes aéreos mais caros, os consumidores têm considerado distâncias menores na hora de viajar. Por isso, o transporte rodoviário se tornou uma opção. O “efeito de substituição” levou o segmento a crescer 15,5%, no contraponto anual. Outras atividades que também podem se beneficiar deste contexto são os hotéis mais próximos dos grandes centros.
Também avaliado no levantamento, o grupo de alojamento e alimentação faturou R$ 4,6 bilhões – alta anual de 25,4% (o montante, porém, é 12% inferior ao registrado no pré-pandemia). Já o nível do faturamento das atividades relacionadas a locação de veículos, agências e operadoras, entre outros serviços de Turismo, ficou 4% superior ao visto em junho de 2021.
Importante destacar que o regresso do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para 25% sobre remessas ao exterior em determinados países, como é o caso dos Estados Unidos, tem dificultado a competitividade e o desempenho das agências e operadoras no Brasil. Atenta a isso, a FecomercioSP tem trabalhado para que haja uma nova Medida Provisória, retornando o IRRF aos 6%.
As demais altas registradas pelo levantamento foram observadas nas atividades culturais, recreativas e esportivas (17,1%) e no transporte aquaviário (11,6%).