Convenção Schultz: "tentam me prejudicar de todas as formas", diz Aroldo aos agentes
Paulo Manuel, CEO da TZ Viagens, e Aroldo Schultz, CEO da Schultz, estão brigando na justiça
CURITIBA - O CEO e fundador do Grupo Schultz, Aroldo Schultz, subiu ao palco da XVII Convenção Schultz, logo na manhã deste sábado (29), para detalhar o rompimento de Schultz com TZ Viagens, o que envolve uma disputa entre ex-parceiros que inclui acusações graves.
Como publicado pelo Portal PANROTAS, a TZ Viagens informou aos seus associados que todas as empresas do Grupo Schultz não são mais fornecedores homologados pela TZ Viagens. O comunicado foi assinado por Paulo Manuel, CEO da TZ Viagens e até então sócio de Aroldo Schultz no negócio.
Aos agentes presentes na Convenção, Aroldo fez questão de se defender e destacou que o contrato com Paulo Manuel vem sendo seguido à risca há 12 anos, quando fecharam o negócio para estabelecer a TZ Viagens. No entanto, no final de 2024, Manuel teria se oposto ao contrato.
“O contrato previa que eu entraria com o capital inicial e conforme as metas que fosse alcançando, ele ia recebendo um percentual até atingir um teto máximo de 30%. Assim, regiu esse contrato por 12 anos. Há dois anos, para me adaptar às normas tributárias brasileiras, passei 97% das minhas cotas para ele e fiquei apenas com 3%, num acordo de cavalheiros. Esse acordo, no final do ano, foi rompido. E agora ele tenta me prejudicar de todas as formas”
Aroldo Schultz, CEO e fundador da Schultz
Ainda de acordo com Aroldo, Paulo Manuel teria realizado alterações "unilaterais" e, segundo ele, irregulares na empresa - incluindo a exclusão do Grupo Schultz como fornecedores homologados pela TZ Viagens.
Aroldo também garantiu que os franqueados da TZ Viagens estão seguros e que o restante do Grupo Schultz não será afetado pelo processo, assegurando que é uma questão entre ele e Paulo Manuel, e não uma briga entre empresas. “Somos sérios, uma empresa que vive do Turismo tem uma boa saúde financeira. Nós mão estamos quebrando”, destacou em coletiva.
Buscando transparência, Aroldo também afirmou que compartilhará o processo com o mercado.
O que diz a TZ Viagens
Como vimos, a TZ Viagens se pronunciou em um comunicado, assinado por Paulo Manuel, afirmando que as decisões foram tomadas após um “histórico de dificuldades e reiteradas ações graves” praticadas pelas empresas do Grupo Schultz, “demonstrando falta de comprometimento com o projeto da TZ Viagens”.
"Como já é do conhecimento de todos, identificamos uma ação grave praticada pelo Sr. Aroldo Schultz, que retirou indevidamente o valor de R$ 1.300.000,00 das contas e investimentos da franqueadora para sua própria conta pessoal, causando prejuízos diretos à empresa e, consequentemente, aos franqueados em um momento tão delicado que vivemos", disse o comunicado.
Sobre o valor de R$ 1,3 milhão, Aroldo afirma que o dinheiro está em juízo e nunca foi utilizado para fins pessoais. “A justiça vai decidir o que é justo e os documentos estão disponíveis para todos acessarem”, explicou.