Orinter mantém investimentos e planos de novos negócios para 2025; veja detalhes
Reestruturação financeira da Mondee Holdings, dona da operadora, não afeta operação e planos da Orinter
O pedido de recuperação judicial (Chapter 11) na Justiça americana feito pela Mondee Holdings, dona da Orinter e Interep no Brasil, não afetou e não afetará a operação das duas empresas brasileiras, que seguem independentes e com caixas separados. É o que garantiram à PANROTAS, em entrevita exclusiva, os diretores Ana Maria Berto, CEO, e Roberto Sanches, diretor comercial.
Desde o começo a Orinter tem independência de ações e decisões e reporta os resultados à Mondee Holdings, sua única dona, com sede em Austin, Texas, que decidiu deixar as operações internacionais (Brasil, México, Índia e Canadá) de fora da reestruturação financeira, exatamente porque elas não precisam de uma reestruturação.
No ano passado, segundo Ana Maria Berto e Roberto Sanches, a Orinter cresceu 25% e chegou a vendas de R$ 1,6 bilhão. Contando as vendas da Interep e da Mondee Consolidadora, o grupo no Brasil soma cerca de R$ 2,5 bilhões, com previsão de mais crescimento e novas frentes em 2025.
Case de sucesso
A administração no Brasil pode inclusive ser referência nessa reestruturação da Mondee nos Estados Unidos. “Focar no que interessa”, resume Ana Maria Berto. “Com a volta do Prasad, que tem ótimo relacionamento no mercado, e a saída da bolsa, voltando a focar no crescimento dos negócios, será muito boa para o grupo. No Brasil, sabemos quais as nossas prioridades e focamos na sustentabilidade econômica. Nossos resultados de 2024 mostram, pelo segundo ano, que estamos no caminho certo e isso não vai mudar.”
Roberto Sanches destaca que as metas do ano passado foram vendidas e por isso a Orinter irá distribuir novamente, para os colaboradores, o bônus similar ao de 2023.
“Isso mostra nossa independência. Temos o caixa separado, esse dinheiro resguardado e honramos todos os compromissos previstos. Vemos oportunidades de expansão no Brasil”, diz Sanches.
Roberto Sanches
Entre essas oportunidades:
- Expansão em produtos, com mais sinergia com as empresas do México, Canadá e Índia, e também com a Interep.
- Aumentar a compra antecipada de produtos com fornecedores – antes era trimestral e agora anual.
- Trabalhar mais os clientes internacionais da Mondee – são 60 mil em todo o mundo.
- Aumentar o quadro de funcionários de olho nas novas frentes que serão abertas – a Orinter, hoje com 380 colaboradores, deve alugar mais um andar no prédio onde funciona no centro de São Paulo.
Convenção em fevereiro
De 7 a 9 de fevereiro, em São Paulo, a Orinter fará sua convenção para os 380 funcionários. O objetivo é aumentar as sinergias internas e afinar as estratégias definidas para cada departamento.
“Estamos muito otimistas para 2025, com essas oportunidades que mapeamos no final de 2024, e vamos mostrar esse mapa para nossos colaboradores na convenção”, explica Ana Berto, que hoje no começo da tarde fez uma live com os funcionários para explicar a reestruturação da Mondee.
“Todos entenderam, pois nossa independência de ações e decisões é algo mais do que sabido, algo realizado, e nossos resultados estão excelentes. Todos estão engajados e apoiando essa nova fase da Mondee, que deve sair da recuperação como uma empresa privada e não mais de capital aberto e com foco nos produtos de excelência que sempre teve para o mercado.”
Ana e Sanches também garantem que nada muda na diretoria da Orinter, com todos os diretores mantidos em suas funções. As mudanças que aconteceram foram na Mondee Holdings, nos Estados Unidos, para adequação ao novo modelo como empresa de capital fechado.