Laura Enchioglo   |   29/10/2024 11:36

BeFly debate sustentabilidade e importância do Pacto Global da ONU; veja ações

2ª edição do BeESG BeFly ocorreu nesta terça-feira (29), reunindo parceiros para debater ESG em São Paulo


PANROTAS / Emerson Souza
Andrea Panisset, da BeFly, Christiane Cralcev, do Pacto Global da ONU, Janaina Storf e Renata Maluf, da BeFly
Andrea Panisset, da BeFly, Christiane Cralcev, do Pacto Global da ONU, Janaina Storf e Renata Maluf, da BeFly

A BeFly realizou na manhã desta terça-feira (29) a 2ª edição do BeESG BeFly, evento dedicado ao tema de ESG, da qual a empresa se compromete a dois anos. Nos dias 19 e 20 de setembro, a empresa foi à Nova York para debater os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil no evento SDGs in Brazil, e decidiu compartilhar os insights trabalhados por lá para seus parceiros no evento de hoje.

No SDGs in Brazil, a Flytour demonstrou seu compromisso com a compensação ambiental das viagens corporativas. A emissão de CO2 gerada pelos voos dos participantes brasileiros e dos próprios colaboradores da BeFly foi totalmente neutralizada. Ao todo, foram compensados 5.680 kg de CO2, além do plantio de 40 árvores em uma Área de Preservação Permanente, contribuindo para a proteção de nascentes e da biodiversidade.

“Este não é mais um tema importante, é um tema crucial, não só no Turismo como para todo o planeta. Mesmo assim, a gente sabe do impacto do setor no meio ambiente e sabemos que precisamos nos comprometer com isso. Por isso nos reunimos aqui hoje. Ficamos com a sensação de que precisávamos compartilhar o que vimos em Nova York”

Renata Maluf, diretora de Marketing da BeFl
PANROTAS / Emerson Souza
Manuela Bernardes, diretora da Flytour Business Travel, entre Andrea Panisset, head de Comunicação e ESG, e Renata Maluf, diretora de Marketing, da BeFly
Manuela Bernardes, diretora da Flytour Business Travel, entre Andrea Panisset, head de Comunicação e ESG, e Renata Maluf, diretora de Marketing, da BeFly

Por lá, Manuela Bernardes, diretora executiva da Flytour Business Travel, destacou que muito se foi trabalhado não apenas o lado sustentável, como também social, que faz parte do ESG - afinal, a sigla significa ambiental, social e governança. “Foram muitas empresas participantes e o overview foi muito importante para a parte corporativa”, apontou.

“A gente tem que tocar os nossos pares, nossos filhos, e temos que saber na realidade como começar a mudar e não apenas falar. A gente ainda não tem controle de como estamos ferindo o planeta. Acho que a próxima geração já é muito mais sustentável do que fomos e precisamos começar a trazer isso para as empresas. Tem que partir não só dos fornecedores mas também do cliente, dos parceiros, todos nós que fazemos o Turismo acontecer”

Manuela Bernardes, diretora executiva da Flytour Business Travel

Andrea Panisset, head de Comunicação e ESG da BeFly, apontou a importância em debater o assunto. “Quanto mais a gente discute, mais a gente entende e mais a gente consegue cobrar a ação do outro. Esta é uma pauta que se a gente não discutir agora, não teremos como discutir no futuro”, disse.

As executivas destacaram a fala do ator Lázaro Ramos no evento. Confira abaixo:

A fala completa de Lázaro no evento pode ser conferida aqui.

A importância do Pacto Global da ONU

A BeFly é signatária do Pacto Global da ONU e convidou Christiane Cralcev, gerente sênior de Conhecimento e Parcerias do Pacto Global da ONU na rede Brasil, para apresentar a importância da iniciativa para as empresas e para os avanços sustentáveis.

No mundo, são mais de 25 mil empresas conectadas, enquanto no Brasil são mais de duas mil, sendo que a metade são pequenas e médias empresas. “Dentro da cadeia de fornecimento ter empresas menores é muito importante. Elas fazem toda a diferença para a cadeia maior”, apontou Christiane.

PANROTAS / Emerson Souza
Christiane Cralcev, gerente sênior de conhecimento e parcerias do Pacto Global da ONU na rede Brasil
Christiane Cralcev, gerente sênior de conhecimento e parcerias do Pacto Global da ONU na rede Brasil

O Pacto Global foi criado como uma iniciativa da ONU para agilizar as ODSs. Apesar do engajamento, a velocidade ainda está abaixo do que o esperado e o status não é tão bom. Para sair dessa realidade, é necessário engajar mais empresas, e o trabalho do Pacto Global no Brasil é justamente este.

“Os ODSs surgem em 2015, como parte da agenda 2030. É um plano estratégico para a gestão de uma crise global iminente. Foram estabelecidas metas para avançar e resolver o problema, e dentro do ambiente corporativo, nasce o Pacto Global. É muito importante pensar como trabalhar isso dentro do negócio. No Pacto, temos oficinas e workshops onde abrimos a estratégia das empresas para se conectar com as metas”

Christiane Cralcev, gerente sênior de Conhecimento e Parcerias do Pacto Global da ONU na rede Brasil

As ODSs são:

  1. Erradicação da pobreza
  2. Fome zero e agricultura sustentável
  3. Saúde e bem-estar
  4. Educação de qualidade
  5. Igualdade de gênero
  6. Água potável e saneamento
  7. Energia acessível e limpa
  8. Trabalho decente e crescimento econômico
  9. Indústria, inovação e infraestrutura
  10. Redução das desigualdades
  11. Cidades e comunidades sustentáveis
  12. Consumo e produção sustentáveis
  13. Ação contra mudança global do clima
  14. Vida na água
  15. Vida terrestre
  16. Paz, justiça e instituições eficazes
  17. Parcerias e meios de implementação

Para tanto, o Pacto Global estabeleceu alguns movimentos para agilizar o alcance das metas. As empresas podem ser signatárias dos movimentos que quiserem, mas a transparência não é facultativa.

A BeFly, por exemplo, se comprometeu este ano com o Movimento Educa2030, para cobrir a meta de jovens aprendizes e garantir os colaboradores com universidade concluída até 2030. Além disso, é signatária dos movimentos Ambição Net Zero, Mente em Foco e Elas Lideram - este último, já se comprometeu cumprindo a meta, já que 43% da liderança da BeFly é composta por mulheres.

PANROTAS / Emerson Souza
Luti Guimarães, Manuela Bernardes, Renata Maluf, Marcelo Cohen, Andrea Panisset, Janaina Storf e Sylvio Ferraz, da BeFly
Luti Guimarães, Manuela Bernardes, Renata Maluf, Marcelo Cohen, Andrea Panisset, Janaina Storf e Sylvio Ferraz, da BeFly

No Brasil, 361 empresas são engajadas com ao menos um movimento do Pacto Global da ONU e são 677 cartas compromissos assinadas pelas organizações.

Confira todos os movimentos abaixo:

  • Movimento Conexão Circular
  • Movimento Ambição Net Zero
  • Movimento + Água
  • Movimento Raça e Prioridade
  • Movimento Transparência 100%
  • Movimento Elas Lideram 2030
  • Movimento Salário Digno
  • Movimento Mente em Foco
  • Movimento Impacto Amazônia
  • Movimento Educa2030

Mas, afinal, como a empresa pode fazer parte do Pacto Global?

Existem várias formas de uma empresa fazer parte do Pacto Global, são elas:

  • Empresa comprometida: Nesta categoria, a empresa se compromete com um ou mais movimentos, que devem cumprir até 2030
  • Jornada premium: Empresa tem que ter mais maturidade
  • Empresa embaixadora: aporta um recurso financeiro para sustentar as iniciativas das demais empresas

Veja como aderir ao Pacto Global da ONU aqui.

Assim que a empresa faz parte da rede ela passa a ter acesso ao Academy, plataforma de learning sobre sustentabilidade. “É uma grande ferramenta de informação para a toda a empresa, porque é muito difícil marcar workshop, e na Academy o colaborador pode ter acesso às informações a hora que quiser”, explicou Chris.

Dicas rápidas: Como se posicionar no mercado e avançar na agenda ESG?

  • Capilarizando conhecimentos ESG entre todos os colaboradores da instituição
  • Engajando diferentes equipes nas pautas sociais, ambientais e de governança
  • Dando visibilidade pública aos avanços, fomentando o interesse e alinhando expectativas com os stakeholders

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