Filip Calixto   |   10/02/2025 11:44
Atualizada em 10/02/2025 12:36

Gastos da União com diárias e passagens atingem o maior patamar em 10 anos

Contas de diárias de hospedagem e passagens aéreas chegaram a R$ 3,58 bilhões em 2024

Ricardo Stuckert/PR
Valor é o maior registrado desde 2014, no governo de Dilma Rousseff (PT), quando os custos com diárias e passagens totalizaram R$ 4,34 bilhões
Valor é o maior registrado desde 2014, no governo de Dilma Rousseff (PT), quando os custos com diárias e passagens totalizaram R$ 4,34 bilhões

Os gastos da União com diárias de hospedagem e passagens chegaram a R$ 3,58 bilhões em 2024, durante segundo ano da gestão do presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em sua terceira passagem pelo Palácio do Planalto. Esse montante representa uma alta real de 2,9% em comparação com o ano anterior, quando o governo havia desembolsado R$ 3,48 bilhões, já descontada a inflação.

Esse é o maior valor registrado desde 2014, no governo de Dilma Rousseff (PT), quando os custos com diárias e passagens totalizaram R$ 4,34 bilhões. No entanto, o valor de 2024 ainda ficou abaixo do registrado naquele período.

Os números foram apurados pelo portal Poder 360 e revelam ainda que, em uma comparação mais ampla, os gastos com diárias e passagens durante o governo Lula já superaram os de Jair Bolsonaro (PL), que totalizaram R$ 3,91 bilhões entre 2019 e 2022.

A pandemia teve um impacto considerável nas despesas no período de Bolsonaro, com as restrições a viagens e a redução no número de deslocamentos. Como resultado, os gastos caíram para R$ 1,21 bilhão em 2020 e R$ 1,37 bilhão em 2021. No entanto, houve um aumento de 96,2% nas despesas em 2022, em comparação com o ano anterior, e a tendência de alta continuou em 2024, com um crescimento de 33% em relação a 2022.

Na comparação desses dados separadamente, nota-se que os gastos considerando somente diárias de hotéis cresceram, chegando a R$ 2,15 bilhões em 2024, um crescimento de 9% em relação a 2023. Em contrapartida, os custos com passagens apresentaram uma queda de 5% no mesmo período.

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