Filip Calixto   |   05/02/2024 09:54
Atualizada em 05/02/2024 09:55

Turismo internacional deixa US$ 6,9 bilhões no Brasil em 2023, aponta BC

Recorde anterior era de 2014, ano em que o Brasil recebeu a Copa do Mundo e registou entrada de US$ 6,8 bi


Dreamstime/Mauricio Jordan De Souza Coelho
Presença de turista estrangeiro no Brasil gerou US$ 6,9 bilhões em arrecadação, segundo informa o Banco Central
Presença de turista estrangeiro no Brasil gerou US$ 6,9 bilhões em arrecadação, segundo informa o Banco Central

Antecipando dados que serão divulgados pelo Banco Central, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, informou que o Brasil bateu recorde na entrada de divisas estrangeiras ao longo de 2023. No ano passado, os viajantes internacionais injetaram US$ 6,9 bilhões (R$ 34,5 bilhões) na economia nacional, superando o recorde anterior (US$ 6,8 bilhões) que era de 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil.

"Esse resultado histórico é fruto do trabalho que reconectou o Brasil com o mundo. O presidente sempre afirma que o Brasil da democracia, da diversidade, da sustentabilidade e do respeito voltou. O mundo entendeu o recado e está abraçando nosso país. Estamos muito orgulhosos de sermos parte dessa história e poder fazer com que o turismo gere emprego, renda e melhore a vida dos brasileiros”,

afirma Marcelo Freixo

A meta estabelecida no Plano Nacional de Turismo era de um acréscimo na receita gerada pelo turismo internacional de 8,58% em 2023, mas o resultado foi um crescimento anual de 41%. Em 2022, os turistas internacionais deixaram no Brasil US$ 4,9 bilhões. O novo Plano Nacional de Turismo, aprovado no fim de janeiro pelo Conselho Nacional de Turismo, estabelece como meta alcançar, em 2027, o montante de US$8,1 bilhões.

Segundo o presidente da Embratur, a postura do Brasil com o viajante internacional é valorizar cada vez mais a diversidade que o território oferece com as muitas opções de Turismo disponíveis.

Freixo ainda acrescenta que o gasto estrangeiro aumentou pois o turista tem permanecido mais tempo e aproveitado a viagem para conhecer mais destinos, o que reforça essa tendência de versatilidade de cenários.

PANROTAS / Marluce Balbino
Marcelo Freixo, presidente da Embratur
Marcelo Freixo, presidente da Embratur

Os principais visitantes internacionais no Brasil, de acordo com a Embratur, são:

  1. Argentina (32% do total de viajantes recebidos)
  2. Estados Unidos (11%)
  3. Chile (7,7%)
  4. Paraguai (7,1%)
  5. Uruguai (5,6%)
  6. França (3,1%)
  7. Portugal (3%)
  8. Alemanha (2,6%)
  9. Reino Unido (2,2%)
  10. Itália (2,2%)

O presidente da Embratur acrescentou ainda que as belas paisagens e o chamado Turismo de Sol & Praia seguem sendo o que mais atraia o visitante internacional, mas outros aspectos do Brasil tem crescido em preferência.

Um motivo que tem atraído mais viajantes, principalmente dos Estados Unidos, é o afroturismo, que ganhou um departamento dentro da Embratur e teve um projeto premiado em Salvador. "A hostória da influência africana no Brasil tem atraído cada vez mais interesse es turistas", afirma Freixo.

Conectividade

O recorde em divisas e a retomada no número de turistas internacionais equivalente aos do período pré-crise sanitária são entendidos pela Embratur como um resultado direto da ação da agência. Nesse caso, tanto em 2019 quanto em 2023 a quantidade de voos ofertados pelas companhias aéreas ficou em 64,8 mil. O número é mais de 40% maior que o de 2022, quando a oferta foi de 46,2 mil.

Já em relação ao número de assentos em voos, 2023 teve uma oferta 32,47% maior que 2022. Foi de 9,7 milhões no ano retrasado para 12,9 milhões no ano passado, cifra que corresponde a 89,16% da oferta de 2019, de 14,5 milhões. As somas fazem parte de um levantamento de receptivo de turistas internacionais no Brasil da Gerência de Informação e Inteligência de Dados da Embratur.

Segundo análise do setor, a recuperação da oferta é importante pois a via aérea é o principal meio de chegada de turistas internacionais ao Brasil. O levantamento foi elaborado considerando o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em maio de 2023.


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