Turismo terá baixo crescimento em 2024, projeta CNC
Setor deve ter alta de 2,8% no ano, enquanto 2023 deve fechar com crescimento de 7,3%
A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) projeta um crescimento baixo para o Turismo em 2024. A perspectiva para este ano é que a alta seja mais modesta, de 2,8% em comparação com 2023.
No entanto, em relação a 2022, o ano deve fechar com um aumento de 7,3%. Ainda assim, novembro de 2023 registrou uma retração de 2,4% – a maior queda mensal desde maio de 2022.
Segundo o economista Fabio Benites, os preços específicos têm contribuído para desacelerar o nível de atividade. “Em novembro e dezembro, por exemplo, os reajustes nas passagens aéreas foram os principais responsáveis pelo avanço do índice geral de preços no País”.
Vendas no varejo devem crescer
A CNC ainda prevê um crescimento de 1,6% nas vendas no varejo este ano. A entidade acredita que o setor pode se beneficiar da esperada queda do custo do crédito, que deverá impulsionar as vendas de bens duráveis. Conforme a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), hoje (17), novembro teve um crescimento mensal de 0,1% no volume de vendas no varejo. Na comparação com novembro de 2022, o crescimento foi de 2,2%.
A Confederação ainda revisou para baixo sua previsão de crescimento das vendas no varejo, em 2023, de 2% para 1,8%. A inflação mais baixa em novembro não foi o bastante para garantir o avanço no consumo das famílias e impulsionar o setor.
Setor de serviços é menos dependente do crédito
Para o setor de serviços, a CNC estima que 2023 tenha fechado com um crescimento de 2,5%. E, para 2024, o crescimento deve ser um pouco menor, na casa dos 2,1%. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada em 16 de janeiro pelo IBGE, o volume de receitas avançou 0,4% no penúltimo mês do ano passado, puxado especialmente pelo consumo das famílias, cuja variação no período alcançou 2,2%.
“Os serviços têm se destacado nos últimos anos como o setor mais dinâmico da economia brasileira, especialmente por ser um setor menos dependente das condições de crédito”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.