Laura Enchioglo   |   03/09/2024 10:38
Atualizada em 03/09/2024 10:41

Apesar de preocupação, Mpox não causa cancelamentos na África

Operadores de Turismo estão frustrados com a ansiedade e preocupação em torno da Mpox em todo o continente


PANROTAS / Emerson Souza

Por enquanto, a Mpox - anteriormente conhecida como varíola dos macacos - não causa uma onda de cancelamentos no continente africano, conforme disseram operadores de safáris ao portal Travel Weekly.

A reportagem da Travel Weekly aponta que os operadores estão particularmente frustrados com essa ansiedade e preocupação em torno da Mpox, já que o risco é relativamente baixo para viajantes após os protocolos implementados desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença uma emergência de saúde pública de importância internacional em 14 de agosto.

Alguns executivos percebem essa preocupação dos turistas, que perguntam sobre tomar precauções especiais de saúde ou se mudanças no itinerário são necessárias. Ainda assim, algumas empresas já viram turistas adiando sua viagem ou desistindo de reservar - ao menos por enquanto - por conta da Mpox.

Essa ansiedade acerca da Mpox, diz a reportagem, traz uma sensação de deja vu com o surto de Ebola uma década atrás. Outro ponto de atenção são informações errôneas sobre a Mpox. Diferentemente da Covid-19, a doença não se espalha tão facilmente. É necessário um contato próximo, como pele com pele, boca com boca ou boca com pele.

A doença

A Mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, o intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas (período de incubação) varia de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Depois que as crostas na pele desaparecem, a pessoa infectada deixa de transmitir o vírus. As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas podem aparecer antes.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões em uma pessoa pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.

Com informações do Travel Weekly e Agência Brasil


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