Da Redação   |   17/07/2024 16:52
Atualizada em 17/07/2024 17:12

Navios como o Utopia of the Seas podem ser minimamente sustentáveis?

Michael Bayley, CEO da Royal Caribbean, e Ricardo Amaral, da R11 Travel, afirmam que sim

PANROTAS/Carla Lencastre
Michael Bayley, CEO da Royal Caribbean
Michael Bayley, CEO da Royal Caribbean

PORT CANAVERAL - Um dos maiores desafios do mercado global de cruzeiros é se adequar aos atuais critérios ambientais, sociais e de governança. Não é diferente com o Utopia of the Seas, novo navio da Royal Caribbean que realiza seu cruzeiro de batismo pelas Bahamas.

A embarcação está preparada para reaproveitar o calor residual dos motores e usar biocombustíveis em geral e gás natural liquefeito (GNL, ou LGN na sigla em inglês), reduzindo a emissão de gases de efeito estufa (GEE). Além de mais eficiente no consumo de energia limpa, o Utopia adota outras medidas para reduzir o impacto ambiental de um navio de grande porte, como tratamento de 100% da água utilizada a bordo e gestão de resíduos.

“O Utopia é um navio híbrido e pode operar com GNL. Mas o GNL ainda não é um combustível viável em grande escala. Não está claro qual será a nova tecnologia que vai prevalecer, por isso queremos desenvolver novos motores híbridos e estamos avançando. Aqui mesmo, a bordo do Utopia, há centenas de pessoas discutindo descarbonização"

Michael Bayley, CEO da Royal Caribbean International

O Porto de Miami, por exemplo, está trabalhando para ter plugs para carregar os navios. Mas no Caribe, principal mercado da Royal Caribbean, a conversa é outra. Segundo Bayley, "há ilhas nas quais os moradores ainda têm seus próprios problemas com as redes elétricas locais. É uma jornada, mas estamos totalmente comprometidos com a meta carbono zero”, disse o executivo.

PANROTAS/Carla Lencastre
Ricardo Amaral, CEO da R11 Travel
Ricardo Amaral, CEO da R11 Travel

Ricardo Amaral, CEO da R11 Travel, distribuidora exclusiva da Royal Caribbean no Brasil, ressalta que ser amigo do meio ambiente e aprimorar as boas práticas de governança corporativa é bom para os negócios da companhia:

“Se o navio consome menos energia, o gasto com combustível é menor. Se o mar não estiver legal, se os tripulantes não se sentirem bem, não tem operação. Ao longo dos anos, vi crescer a preocupação com o bem-estar dos tripulantes. E há mais de duas décadas que a Royal Caribbean estuda alternativas para substituir o combustível fóssil. A meta de carbono zero é para 2050, mas os critérios de ESG fazem parte do DNA da empresa"

Ricardo Amaral, CEO da R11 Travel

Carla Lencastre, especial para o Portal PANROTAS, viaja a convite da R11 Travel (Royal Caribbean), com seguro viagem GTA.

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