Agentes analisam proibição de navios de cruzeiro em Barcelona; veja
Profissionais dizem que mudança não terá grande impacto na experiência do visitante
Barcelona, o porto de cruzeiros mais movimentado da Europa, colocará em vigor esta semana a proibição de navios de passageiros em seu terminal central de cruzeiros, Muelle Barcelona Norte, uma mudança em andamento há cinco anos que ecoa movimentos de outras grandes cidades europeias para desassociar centros urbanos e navios de cruzeiro.
A mudança será sentida pelos passageiros de navios de médio e pequeno porte de companhias como Azamara, Oceania, Regent Seven Seas e Virgin Voyages, que agora terão de atracar em cais ao sul do centro da cidade, principalmente Moll Adossat, onde grandes navios de cruzeiro já atracam.
Mas os consultores de viagens aceitaram com calma a mudança no porto de cruzeiros de Barcelona, dizendo que não esperam que isso tenha um grande impacto na experiência do visitante. Na sequência, confira alguns relatos de consultores de viagens internacionais colhidos pelo portal Travel Weekly.
"Embora fosse conveniente estar no centro da cidade de Barcelona, a distância do terminal Moll Adossat até a principal área turística de Barcelona, como La Rambla, é de apenas 20 minutos de ônibus", afirmou Michelle Fee, fundadora e CEO da Cruise Planners. Ela acrescentou que a sua empresa é “sensível ao overtourism que está acontecendo em algumas cidades europeias”.
James Cole, fundador e CEO da Panache Cruises, varejista de viagens com sede em Austin, no Texas, disse que Barcelona não é a primeira nem a única cidade europeia a repensar como lidar com o tráfego de navios de cruzeiro. “Há uma série de cidades em toda a Europa que estão à procura de formas de acomodar o número crescente de navios de cruzeiro e, como sempre, as empresas de cruzeiros trabalharão arduamente para acomodar o que é exigido pelas autoridades de planeamento locais”, disse ele.
Entre elas estão Veneza, que em 2021 aprovou a proibição de navios de cruzeiro no centro da cidade, após uma campanha de anos, e Amsterdã, onde os líderes da cidade votaram neste verão (do Hemisfério Norte) pela realocação do terminal de cruzeiros centralmente localizado, citando preocupações com a poluição do ar e o excesso de Turismo. Cole não prevê que as mudanças em Barcelona prejudiquem a experiência da cidade.
“É decepcionante que os navios de cruzeiro não possam mais atracar no cais mais central de Barcelona, pois era claramente uma forma mais conveniente para os passageiros acederem ao centro da cidade”, disse ele. "No entanto, dado que existe um cais alternativo, não prevemos que isso cause muitos transtornos, e Barcelona continuará a ser um excelente porto tanto para embarque como para desembarque."
Marisel Aleman, vice-presidente da Cruise Elite em Ormond Beach, na Flórida, destacou que os cruzeiristas estão acostumados a nem sempre poder atracar diretamente nos portos europeus e que os navios de cruzeiro, especialmente os maiores, muitas vezes atracam longe dos centros das cidades.
“É uma questão de definir as expectativas no momento da reserva e à medida que exploram as opções de passeios”, disse Marisel. "Na verdade, muitos navios partem de Barcelona, o que significa apenas uma viagem de táxi. É tudo uma questão de comunicação com os clientes."