A retomada do Turismo é tema de live da Abav Nacional
Live da Abav Nacional pondera os caminhos possíveis na retomada do Turismo.
Quais os caminhos ideais para a volta do Turismo no Brasil, quando eles começarão a aparecer e a necessidade de oferecer segurança para que o turista volte a viajar. Esses foram os temas principais da live "Medidas para a retomada das atividades", realizada no final da tarde pela Abav Nacional. Mediado pela presidente da associação, Magda Nassar, o bate-papo contou também com as participações do presidente de Fohb, Orlando de Souza, do diretor da Abreu, Ronnie Corrêa, do presidente da Braztoa, Roberto Nedelciu, do presidente da Abracorp, Carlos Prado, do diretor Comercial e de Canais da Gol, Renzo de Mello, do presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, e de uma das executivas da Abav Nacional, Rita Vasconcelos.
A conversa começou com um balanço das ações em vigor em cada um dos segmentos da indústria e como elas podem ajudar no movimento de reativação. À frente de um debate constante sobre protocolos de trabalho numa área crucial para o setor, o presidente da Abear informou que uma série de iniciativas estão em análise com Anac e Anvisa. "Estamos analisando um conjunto de protocolos que, no nosso caso, precisam ser rigorosamente unificados para todo o Brasil e também seguir padrões internacionais", pontua.
Segundo Sanovicz, entre as medidas em debate estão a obrigatoriedade da utilização de máscaras por passageiros e funcionários de aeroportos, além da implementação de equipamentos que tornarão a área entre os raio-x e o portão de embarque uma zona mais segura, com tapetes de esterilização, medidores de febre e, quem sabe, tendas desinfetantes. A marcação de espaços nas filas e alguns procedimentos para o manuseio das malas também fazem parte do debate em andamento, conforme conta o dirigente. "À bordo, segue valendo a obrigatoriedade da máscara e estamos discutindo algumas normas técnicas como a manutenção dos filtros de ar ligados mesmo com a aeronave parada", diz.
Também representando a aviação, Renzo Mello informa que a Gol já colocou em funcionamento uma série de iniciativas, sendo a mais recente o pedido para que os clientes utilizem máscaras. o executivo, entretanto, pondera que o comportamento do cliente já mudou e muito antes de entrar no avião. "Notamos crescimento na compra online, no chek-in feito pelo aplicativo ou pelo site, além dos testes de "self-boarding", minimizando o contato do passageiro com a tripulação no embarque".
Os procedimentos citados por Mello unem-se ao processo mais acirrado de higienização nos aviões e de preparação das equipes de atendimento. "Também distribuímos máscaras e luvas para tripulação e disponibilizamos álcool em gel nas aeronaves", complementa.
O executivo pondera, contudo, que todas as ações tomadas precisam ser amplamente divulgadas em conjunto com o mercado no intuito de recobrar a confiança do passageiro em viajar. "Reforçamos parcerias para que o cliente volte a ter confiança. Esse é o principal desafio na retomada", opina.
VISÃO DAS OPERADORAS
Em outro ambiente do setor de viagens, as operadoras também destacam a necessidade de transmitir segurança nesse momento. De acordo com Ronnie Corrêa, da Abreu, há inevitável impacto no cotidiano dessa empresas. "Fomos diretamente afetados, inclusive no pensamento da retomada, pois percebemos mudanças que vão do avião ao hotel, passando por excursões, translados e aeroportos. Alguns produtos podem ficar inacessíveis", observa.
Já pensando no horizonte que tem pela frente, Corrêa considera que pode haver mudança no tipo de produto procurado, mas lembra que tudo depende de como a doença vai evoluir no País. A posição é bem parecida com a de Roberto Nedelciu, que além de líder da Braztoa é sócio da Raidho Viagens. Para Nedelciu, a volta do mercado se dará de maneira gradual, com paulatino afrouxamento das restrições.
HOTELARIA E EVENTOS
Representando outra área fortemente afetada pelo atual contexto, o presidente de Fohb, Orlando de Souza, crê que algumas práticas do setor podem mudar definitivamente. Para o dirigente, há muito o que se discutir pois nos hotéis existem muitos momentos de interação entre cliente e colaboradores. Ele cita o contato da chegada, com manobrista, na recepção, com outros hóspedes nos lobbys, com as camareiras e nos restaurantes. "Tem redes que já tiraram uma série de coisas de dentro do quarto, como os papéis de diretórios, objetos de decoração. E também fazem mudanças no modelo de utilização do frigobar, evitando manipulações", cita.
Segundo Souza, uma prática que está extinta no momento são os buffets. "Eles darão lugar a o que? Café da manhã nos quartos, pedidos? Tudo isso está em discussão e cada rede tende a ter um protocolo próprio", diz.
Ao falar de protocolo, o executivo do Fohb lembra o exemplo da capital paulista, que criou uma cartilha com uma série de regras que servem como base para ações mínimas dos hotéis, que podem acrescentar procedimentos, conforme entenderem necessário. "Talvez a implementação desses protocolos sejam fundamentais para a retomada do mercado e quem passar mais segurança pode voltar na frente", prevê.
Lembrando da sua viagem mais recente para os Estados Unidos, já em meio ao cenário de pandemia, o presidente da Abracorp, Carlos Prado, ressaltou a capacidade de adaptação do ser humano a qualquer situação e afirmou que o mercado vai se habituar às novas demandas. O executivo também fez algumas projeções. Para ele, o setor de eventos tende a voltar com pequenos encontros e atividades híbridas, com reuniões em ambientes abertos e salões fechados. "No fim, o que acreditamos é num ajuste ao tipo de eventos que temos atualmente e vamos continuar mais fortes".
A conversa começou com um balanço das ações em vigor em cada um dos segmentos da indústria e como elas podem ajudar no movimento de reativação. À frente de um debate constante sobre protocolos de trabalho numa área crucial para o setor, o presidente da Abear informou que uma série de iniciativas estão em análise com Anac e Anvisa. "Estamos analisando um conjunto de protocolos que, no nosso caso, precisam ser rigorosamente unificados para todo o Brasil e também seguir padrões internacionais", pontua.
Segundo Sanovicz, entre as medidas em debate estão a obrigatoriedade da utilização de máscaras por passageiros e funcionários de aeroportos, além da implementação de equipamentos que tornarão a área entre os raio-x e o portão de embarque uma zona mais segura, com tapetes de esterilização, medidores de febre e, quem sabe, tendas desinfetantes. A marcação de espaços nas filas e alguns procedimentos para o manuseio das malas também fazem parte do debate em andamento, conforme conta o dirigente. "À bordo, segue valendo a obrigatoriedade da máscara e estamos discutindo algumas normas técnicas como a manutenção dos filtros de ar ligados mesmo com a aeronave parada", diz.
Também representando a aviação, Renzo Mello informa que a Gol já colocou em funcionamento uma série de iniciativas, sendo a mais recente o pedido para que os clientes utilizem máscaras. o executivo, entretanto, pondera que o comportamento do cliente já mudou e muito antes de entrar no avião. "Notamos crescimento na compra online, no chek-in feito pelo aplicativo ou pelo site, além dos testes de "self-boarding", minimizando o contato do passageiro com a tripulação no embarque".
Os procedimentos citados por Mello unem-se ao processo mais acirrado de higienização nos aviões e de preparação das equipes de atendimento. "Também distribuímos máscaras e luvas para tripulação e disponibilizamos álcool em gel nas aeronaves", complementa.
O executivo pondera, contudo, que todas as ações tomadas precisam ser amplamente divulgadas em conjunto com o mercado no intuito de recobrar a confiança do passageiro em viajar. "Reforçamos parcerias para que o cliente volte a ter confiança. Esse é o principal desafio na retomada", opina.
VISÃO DAS OPERADORAS
Em outro ambiente do setor de viagens, as operadoras também destacam a necessidade de transmitir segurança nesse momento. De acordo com Ronnie Corrêa, da Abreu, há inevitável impacto no cotidiano dessa empresas. "Fomos diretamente afetados, inclusive no pensamento da retomada, pois percebemos mudanças que vão do avião ao hotel, passando por excursões, translados e aeroportos. Alguns produtos podem ficar inacessíveis", observa.
Já pensando no horizonte que tem pela frente, Corrêa considera que pode haver mudança no tipo de produto procurado, mas lembra que tudo depende de como a doença vai evoluir no País. A posição é bem parecida com a de Roberto Nedelciu, que além de líder da Braztoa é sócio da Raidho Viagens. Para Nedelciu, a volta do mercado se dará de maneira gradual, com paulatino afrouxamento das restrições.
HOTELARIA E EVENTOS
Representando outra área fortemente afetada pelo atual contexto, o presidente de Fohb, Orlando de Souza, crê que algumas práticas do setor podem mudar definitivamente. Para o dirigente, há muito o que se discutir pois nos hotéis existem muitos momentos de interação entre cliente e colaboradores. Ele cita o contato da chegada, com manobrista, na recepção, com outros hóspedes nos lobbys, com as camareiras e nos restaurantes. "Tem redes que já tiraram uma série de coisas de dentro do quarto, como os papéis de diretórios, objetos de decoração. E também fazem mudanças no modelo de utilização do frigobar, evitando manipulações", cita.
Segundo Souza, uma prática que está extinta no momento são os buffets. "Eles darão lugar a o que? Café da manhã nos quartos, pedidos? Tudo isso está em discussão e cada rede tende a ter um protocolo próprio", diz.
Ao falar de protocolo, o executivo do Fohb lembra o exemplo da capital paulista, que criou uma cartilha com uma série de regras que servem como base para ações mínimas dos hotéis, que podem acrescentar procedimentos, conforme entenderem necessário. "Talvez a implementação desses protocolos sejam fundamentais para a retomada do mercado e quem passar mais segurança pode voltar na frente", prevê.
Lembrando da sua viagem mais recente para os Estados Unidos, já em meio ao cenário de pandemia, o presidente da Abracorp, Carlos Prado, ressaltou a capacidade de adaptação do ser humano a qualquer situação e afirmou que o mercado vai se habituar às novas demandas. O executivo também fez algumas projeções. Para ele, o setor de eventos tende a voltar com pequenos encontros e atividades híbridas, com reuniões em ambientes abertos e salões fechados. "No fim, o que acreditamos é num ajuste ao tipo de eventos que temos atualmente e vamos continuar mais fortes".