Vila Galé Touros: a luta ambiental para crescer a economia
O empreendimento exigiu investimento de R$ 150 milhões, ocupa área litorânea de 113 mil metros quadrados e emprega 285 moradores de Touros
Foram 17 meses de construção. Não bateu o recorde da rede no Brasil, que ainda pertence ao Vila Galé Marés, na Bahia (13 meses de obra). Mas a rapidez nas obras foi um dos fatos mais evidenciados - e comemorados - neste final de semana de inauguração do Vila Galé Touros, que já é o maior empreendimento turístico do Rio Grande do Norte, com 514 apartamentos, seis restaurantes e centro de convenções para 1,2 mil pessoas.
O empreendimento exigiu investimento de R$ 150 milhões (recursos próprios), ocupa privilegiada área litorânea de 113 mil metros quadrados e emprega 285 moradores de Touros, cuja maioria nem sequer carteira de trabalho possuía. Tais fatos, por si só, elucidam aspectos sócio-econômicos que precisam ser analisados em um empreendimento deste porte.
Na verdade, a construção do Vila Galé Touros foi mais uma luta travada no Brasil entre empreendedores e órgãos ambientais. Um pequeno trecho de manguezal ou uma mínima área de duna no terreno escolhido inviabilizam os megaprojetos hoteleiros e sepultam o desenvolvimento econômico.
O presidente da Vila Galé Hotéis, Jorge Rebelo de Almeida, confirma que o terreno do hotel teve que ser trocado por outro, a dois quilômetros, pois estava em área de dunas. Mas se mostra prudente e minimiza o "sofrimento" que teve no Rio Grande do Norte.
"Aqui o governo foi um bom parceiro. Não tive tantos problemas como em Cumbuco, no Ceará, por exemplo. E nem comparo com os embargos que sofri na Bahia. As licenças ambientais no Rio Grande do Norte demoraram, claro, pois é sempre assim. Mas não atrasaram tanto", comenta.
A insegurança jurídica que se reflete em terrenos considerados área de Marinha afugenta investidores no Brasil, sobretudo no Nordeste. E os acessos pavimentados, contrapartida sempre prometida pelo poder público, geralmente não saem. Ou são entregues pela metade. Só Rebelo tem topado essas brigas. E vencido.
O empreendimento exigiu investimento de R$ 150 milhões (recursos próprios), ocupa privilegiada área litorânea de 113 mil metros quadrados e emprega 285 moradores de Touros, cuja maioria nem sequer carteira de trabalho possuía. Tais fatos, por si só, elucidam aspectos sócio-econômicos que precisam ser analisados em um empreendimento deste porte.
Na verdade, a construção do Vila Galé Touros foi mais uma luta travada no Brasil entre empreendedores e órgãos ambientais. Um pequeno trecho de manguezal ou uma mínima área de duna no terreno escolhido inviabilizam os megaprojetos hoteleiros e sepultam o desenvolvimento econômico.
O presidente da Vila Galé Hotéis, Jorge Rebelo de Almeida, confirma que o terreno do hotel teve que ser trocado por outro, a dois quilômetros, pois estava em área de dunas. Mas se mostra prudente e minimiza o "sofrimento" que teve no Rio Grande do Norte.
"Aqui o governo foi um bom parceiro. Não tive tantos problemas como em Cumbuco, no Ceará, por exemplo. E nem comparo com os embargos que sofri na Bahia. As licenças ambientais no Rio Grande do Norte demoraram, claro, pois é sempre assim. Mas não atrasaram tanto", comenta.
A insegurança jurídica que se reflete em terrenos considerados área de Marinha afugenta investidores no Brasil, sobretudo no Nordeste. E os acessos pavimentados, contrapartida sempre prometida pelo poder público, geralmente não saem. Ou são entregues pela metade. Só Rebelo tem topado essas brigas. E vencido.