Laura Enchioglo   |   05/10/2024 19:52
Atualizada em 05/10/2024 19:53

Paisagens bucólicas marcam mais um dia de Convenção Braztoa; veja fotos

Grupo realizou passeio de trem e visitou o Parque Nacional Los Alerces

PANROTAS / Marluce Balbino
Grupo ao chegar na estação de trem Nahuelpan
Grupo ao chegar na estação de trem Nahuelpan

ESQUEL, CHUBUT, ARGENTINA - Mais um dia de Convenção Braztoa que promoveu diversos passeios para seus convidados. Um grupo fez uma navegação pelo Parque Nacional Los Alerces, o outro participou de um passeio de trem até Nahuelpan. A PANROTAS acompanhou o segundo grupo; veja abaixo como foi:

La Trochita, uma viagem de Esquel a Nahuelpan

A La Trochita foi inaugurada em 1935 como uma forma de conectar o sul da Argentina. Com o passar dos anos, se transformou em uma linha apenas turística. O trajeto realizado pelo grupo partiu de Esquel e chegou até Nahuelpan, passando por paisagens, no mínimo, bucólicas. O passeio teve duração de aproximadamente uma hora, percorrido numa velocidade de cerca de 20 quilômetros por hora.

O trem possui um vagão com bar, que serve desde comidas a cervejas patagônicas. Este é o último vagão do trem; o primeiro, é claro, é o de condução, onde fica o condutor e um fogueiro. Uma curiosidade é que, por ser movido a vapor, o trem utiliza 100 mil litros de água para cada quilometro rodado.

O Antigo Expresso Patagônico hoje opera durante todo o ano a partir de suas duas estações operacionais em Chubut e outra na província vizinha de Río Negro. As frequências ao longo do dia dependem da demanda na temporada.

Parque Nacional Los Alerces, uma conexão com a natureza

Após o passeio de trem, o grupo seguiu para um dos maiores Parques Nacionais argentinos, o Los Alerces, localizado em Esquel. Depois do almoço, com direito a churrasco patagônico, os convidados passearam por uma pequena parte do parque. Em uma espécie de praia, puderam apreciar a vista e realizar uma meditação guiada. Um momento para parar, respirar, e apreciar as belezas da vida e da natureza ao redor.

O parque possui quatro tipos de vegetação diferente; são elas: selva valdiviana, floresta patagônica, transição entre floresta e estepe, e estepe patagônica. O nome do parque se dá pela espécie de árvore Alerce, muito comum na região. O parque também possui algumas espécies endêmicas, que só podem ser encontradas por lá. Isso, é claro, faz com que a administração do parque, que é um Patrimônio Natural da Humanidade, redobre os cuidados acerca da preservação do local.

Uma espécie que pode ser encontrada no parque é o Monito de Monte, que se parece com um pequeno macaco. Ele tem hábitos noturnos, então é muito difícil de ser observado. O cuidado com essa espécie é grande no Parque Nacional Los Alerces, isso porque acreditava-se que este animal era endêmico da Austrália, mas foi descoberto nesta região.

No entanto, a importância desta espécie vai além: ele se alimenta de uma semente de árvore específica e suas fezes, com restos de sementes, fazem com que a árvore seja plantada novamente. Por isso, caso o animal seja extinto, a árvore também será - e vice e versa. Um não vive sem o outro.

Não foi possível observar muito da fauna do local. A flora, no entanto, estava por toda parte, com árvores compridas, lagos gigantes e, como sempre, montanhas nevadas ao fundo.

Finzinho da programação... Ou não!

Na parte da noite, a Convenção Braztoa se encontrará com produtores locais e trade turístico para um coquetel de encerramento da primeira parte. A partir de amanhã, inicia-se o pós-tour, que será na região "praiana" de Chubut, na cidade de Puerto Madryn.

O trajeto entre Esquel e Puerto Madryn, realizado via terrestre, é de cerca de seis horas. A PANROTAS também acompanha esta próxima fase da Convenção, mas nem todos os participantes seguem caminho conosco. Por lá, os convidados poderão explorar um pouco mais da fauna da região, com observação de baleias, pinguins e leões marinhos.

A PANROTAS viaja a convite da Braztoa, com proteção Universal Assistance.

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