Preço da passagem aérea recua em 22 Estados e no Distrito Federal, diz Anac
Roraima, Rondônia e Amazonas foram as localidades com maior percentual de queda

A tarifa aérea doméstica teve redução pelo terceiro mês consecutivo. Em outubro deste ano, o preço médio do bilhete foi de R$ 685,05, valor 11,8% menor do que o observado no mesmo período de 2023, embora siga em uma tendência de alta desde maio, como vimos aqui no Portal PANROTAS.
Apesar disso, segundo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os preços ficaram mais baratos em 22 estados brasileiros e no Distrito Federal. Os dados mostram também que os bilhetes tiveram redução em todas as regiões.
Roraima, Rondônia e Amazonas, com 41%, 36,6% e 33,6%, respectivamente, foram as localidades com maior percentual de queda. Com 21,17%, o Norte do País é a região com maior variação de baixa no preço, seguida pelo Centro-Oeste (19,30%), Sudeste (14,33%), Sul (4,86%) e Nordeste (4,12%).
“A economia brasileira segue em franca expansão, assim como a renda média do trabalhador, que acumulou alta de 3,9% no terceiro trimestre deste ano. Com maior poder de compra, temos crescimento na demanda por voos e mais brasileiros voando pelo nosso país. Quando a economia cresce, a aviação decola”
Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos
Tarifas por Estado

Sudeste
Na comparação por região, os preços praticados no Sudeste foram os mais baratos em outubro deste ano, em relação ao mesmo mês de 2023, com valor médio de R$ 629,01. Por lá, todas as cidades apresentaram queda no indicador, com o maior percentual de redução observado no Rio de Janeiro (17,80%), seguido por Minas Gerais (16,90%), São Paulo (12,70%) e Espírito Santo (10,50%).
Centro-Oeste
Mato Grosso do Sul foi o estado com a menor tarifa praticada em outubro, com média de R$ 600,71, queda de 25,50% na comparação com valores observados há um ano. No Distrito Federal, as tarifas tiveram redução de 22,10%, passando de R$ 815,16 no décimo mês do ano passado para R$ 634,81 em 2024. Em Mato Grosso e Goiás, os bilhetes também recuaram, com quedas de 24% e 2,80%, respectivamente.
Sul
Mesmo impactado pelo fechamento do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, entre maio e outubro deste ano, o Rio Grande do Sul foi o estado que apresentou a maior queda percentual no indicador (11,30%), com o preço médio passando de R$ 785,68 há um ano para R$ 696,85.
A redução também foi observada no Paraná (1,70%), com tarifa de R$ 646,97 frente aos R$ 658,14 praticados em outubro de 2023. Em Santa Catarina, por sua vez, o preço oscilou 0,40% para cima, saindo de R$ 656,34 para R$ 659,24.
Nordeste
Apesar de ter registrado a maior média de tarifa doméstica em outubro, o Nordeste teve sete estados com redução no valor do bilhete aéreo, com destaque para Alagoas, que apresentou queda de 18% no indicador, passando de R$ 1.051 para R$ 861,39.
O menor preço praticado na região foi no estado da Bahia, com tarifa de R$ 712,08, resultado 4,30% inferior ao observado há um ano, seguido por Maranhão (R$ 732,25, queda de 8,50%) e Sergipe (R$ 770, decréscimo de 7,50%). No Ceará, o preço do bilhete se manteve estável na comparação entre os períodos, sendo comercializado por R$ 905,96.
Mais voos e menor preço
- A oferta de assentos em voos nacionais cresceu mais de 11% em outubro. No mesmo período, a taxa de ocupação das aeronaves ficou em 84%, maior desde o início da série histórica.
- O número de voos realizados saltou 3,2% no mês na comparação com o ano anterior, totalizando quase 67 mil decolagens no período. A quantidade de viajantes também se destacou no décimo mês deste ano, com mais de 8,2 milhões de turistas utilizando o modal aéreo como meio de transporte.
- O percentual de tarifas comercializadas até R$ 500 também cresceu, saltando de 37,7% em outubro do ano passado para 45,2% em 2024. A quantidade de bilhetes vendidos por valor inferior a R$ 300 foi superior a 20% no décimo mês do ano, contra 17,4% do total observado no mesmo período de 2023.