Laura Enchioglo   |   29/11/2024 10:21

Aéreas movimentaram 1,2 milhão de toneladas de cargas em 2024

Número, apresentado pela Abear, é 10,2% superior ao registrado no mesmo período de 2023


Pedro Pinheiro/Abear
Dados foram apresentados pela presidente da Abear, Jurema Monteiro, no evento Vozes do Setor Aéreo, em Brasília
Dados foram apresentados pela presidente da Abear, Jurema Monteiro, no evento Vozes do Setor Aéreo, em Brasília

O transporte aéreo de cargas movimentou, até outubro deste ano, 1,2 milhão de toneladas de cargas, volume 10,2% superior ao registrado no mesmo período de 2023. Os dados foram apresentados pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) nesta quinta-feira (28) durante o evento Vozes do Setor Aéreo, que reuniu em Brasília representantes do governo federal, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), empresas aéreas e concessionárias de aeroportos para debater cenários e oportunidades do mercado de cargas.

As aéreas brasileiras transportaram 405,3 mil toneladas no mercado doméstico, o que representa um acréscimo de 12,5% em relação ao montante movimentado no ano passado. Já no internacional, com movimentações de empresas brasileiras e estrangeiras, foram transportadas 843,3 mil toneladas de cargas, 9,1% a mais que 2023. Quando comparado ao mesmo período de 2019, pré-pandemia da Covid-19, o transporte de cargas domésticas cresceu 9% e o internacional 20%, respectivamente.

“Esse aumento é bastante significativo. As exportações fazem os números subirem no segmento internacional, mas os indicadores internos também chamam a atenção, com uma variação de dois dígitos na comparação com 2023. Assim como no mercado de passageiros, vemos uma recuperação sólida no volume de cargas. E há potencial para aumentar esses números, sobretudo no doméstico. Temos que trabalhar em conjunto para seguirmos crescendo”

Jurema Monteiro, presidente da Abear

Para o diretor da Anac, Ricardo Catanant, o transporte aéreo de cargas precisa de previsibilidade e segurança jurídica para seguir crescendo. “É preciso dar luz ao modelo regulatório e discutir as particularidades juntamente com os atores do setor. Temos que pensar também em novas formas de atrair o empresariado, para utilizarem mais o transporte aéreo para cargas”, pontuou.

“Temos bastante trabalho pela frente. Às vezes, o tema passageiros toma mais espaço na agenda, mas com certeza temos que aumentar o debate sobre cargas. A Secretaria Nacional de Aviação Civil está à disposição para trabalhar junto com a Abear e parceiros para endereçar demandas”, acrescentou a diretora de Investimentos da SAC, Luiza Deusdará.

Segundo o diretor de Relações Externas da Associação do Transporte Aéreo Internacional (Iata), Marcelo Pedroso, é preciso sinergia entre as aéreas e a Receita Federal no transporte internacional de cargas. “Estamos dispostos a contribuir para trazer experiências internacionais para debate, sempre visando a melhoria dos procedimentos aqui no país”, disse.

Também estiveram presentes no evento representantes da Receita Federal, Aeroportos do Brasil (ABR), Força Aérea Brasileira (FAB) e consultores do setor.

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