Beatrice Teizen   |   22/07/2022 10:53
Atualizada em 22/07/2022 10:54

Preço da passagem aérea aumentou 19% em 2021, diz Onfly

Para os trechos com maior tráfego de passageiros, o aumento foi ainda maior, entre três e quatro vezes

Pixabay
Para os trechos com maior tráfego de passageiros, o aumento foi ainda maior, entre três e quatro vezes
Para os trechos com maior tráfego de passageiros, o aumento foi ainda maior, entre três e quatro vezes
Pesquisa conduzida pela Onfly, com base em dados extraídos da própria plataforma e do site da Anac, mostra que, apenas em 2021, os preços das passagens aéreas no Brasil aumentaram 19,3% e, em 2022, até fevereiro, a alta foi de quase 15%.

Para os trechos com maior tráfego de passageiros, o aumento foi ainda maior, entre três e quatro vezes. Além das empresas diminuírem as tarifas promocionais, que levavam os preços para baixo dos valores convencionais, ainda foram adicionados os reajustes. Por exemplo: os trechos São Paulo (Congonhas) ao Rio (Santos Dumont) e São Paulo (Congonhas) à cidade de Belo Horizonte apresentaram as maiores variações. O preço da passagem chegou a ficar quatro vezes mais caro.

Veja a tabela abaixo, com informações retiradas da base de dados da Onfly:

Divulgação
De acordo com a startup, dois foram os fatores primordiais para o grande aumento no preço dos voos nacionais. O primeiro foi o reajuste que as companhias aéreas realizaram no período de flexibilização e retomada das viagens pós-pandemia de covid-19. Sejam viagens de negócios ou Turismo, as empresas aéreas seguraram os valores das passagens com preços promocionais artificialmente devido à baixa demanda e procura durante a pandemia.

Outro fator de enorme influência foi a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que bagunçou o mercado mundial energético e de combustíveis. As incertezas dentro do cenário macroeconômico mundial elevaram, com valores recordes, o preço do petróleo, influenciando expressivamente o preço médio do querosene de aviação (QAV), somado ao aumento na cotação do dólar, que pressionou cada vez mais o setor da aviação, com efeitos diretos nas passagens aéreas nacional e internacional.

“Em abril de 2021, nosso tíquete médio na Onfly era de R$ 1.052, com ADVP (tempo de antecedência de compra) de oito dias. Atualmente, o tíquete médio está em R$ 2.155, com ADVP de 14 dias, o que mostra uma variação de 104% em um ano, mesmo com o cliente planejando para comprar com mais antecedência”, relata o CEO da Onfly, Marcelo Linhares.

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