Rodrigo Vieira   |   20/06/2022 12:58
Atualizada em 20/06/2022 17:31

Preço da passagem aérea dispara nos trechos mais concorridos no País

Estudo mostra que em 2021 as tarifas aumentaram 19,3% e, em 2022, até fevereiro, a alta foi de quase 15%


Divulgação/Onfly
Estudo mostra que em 2021 as tarifas aumentaram 19,3% e, em 2022, até fevereiro, a alta foi de quase 15%
Estudo mostra que em 2021 as tarifas aumentaram 19,3% e, em 2022, até fevereiro, a alta foi de quase 15%
A startup Onfly deu números ao que o mercado e os consumidores vêm sentindo nesse momento de retomada do Turismo: os preços das passagens aéreas no Brasil dispararam em 2022. Com base em sua própria plataforma e no site da Anac, o estudo mostra que em 2021 as tarifas aumentaram 19,3% e, em 2022, até fevereiro, a alta foi de quase 15%.

Para os trechos com maior tráfego de passageiros, o aumento foi ainda maior, entre três e quatro vezes. A análise da Onfly aponta que, além das empresas diminuírem o volume de tarifas promocionais, que levavam os preços para baixo dos valores convencionais, ainda foram adicionados os reajustes.

A ponte-aérea São Paulo (Congonhas) Rio de Janeiro (Santos Dumont), além de Congonhas-Confins, em Belo Horizonte, apresentaram as maiores variações, chegando a ficar até quatro vezes mais caras.

Divulgação/Onfly
Dois foram os fatores primordiais para o grande aumento no preço dos voos nacionais, de acordo com a Onfly. O primeiro fator foi o reajuste que as companhias aéreas realizaram no período de flexibilização e retomada das viagens pós-pandemia da covid-19. Independentemente do motivo da viagem, a trabalho ou a lazer, as empresas aéreas seguraram os valores das passagens com preços promocionais artificialmente devido à baixa demanda e procura durante a pandemia.

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia é o segundo fator crucial. O conflito ocasionou em um aumento recorde do preço do petróleo e consequentemente o querosene de aviação disparou, somado ao aumento na cotação do dólar, que pressionou cada vez mais o setor da aviação, com efeitos diretos nas passagens aéreas nacional e internacional – focos de discussões dentro e fora do mercado. Combustível é um dos elementos que mais pesa no preço de passagem aérea.

“Em abril de 2021, nosso tíquete médio na Onfly era de R$ 1.052, com ADVP (tempo de antecedência de compra) de oito dias. Atualmente, o tíquete médio está em R$ 2.155, com ADVP de 14 dias, o que mostra uma variação de 104% em um ano, mesmo com o cliente planejando para comprar com mais antecedência”, relata o CEO da Onfly, Marcelo Linhares, também blogueiro do Portal PANROTAS.

DICAS PARA AMENIZAR OS EFEITOS DA DISPARADA DE PREÇO
Linhares dá algumas dicas de como empresas que dependem do deslocamento aéreo podem tentar minimizar os efeitos da disparada de preços. Ele orienta que, sempre que possível, os viajantes optem pela antecedência. Com a redução dos preços promocionais, quanto antes a compra, melhor a chance de conseguir um valor menor.

Divulgação
Marcelo Linhares, CEO da Onfly
Marcelo Linhares, CEO da Onfly
Também é importante usar sistemas de gestão de viagens que entregam dados em tempo real e ajudam em vários outros quesitos relacionados ao deslocamento dos colaboradores. Assim, é possível potencializar as rotas de acordo com os roteiros pré-estabelecidos e, às vezes, até fugir da rota aérea e viabilizar outras possibilidades, como locação de carro ou ônibus.

“Quanto melhor a gestão das viagens dentro de uma organização, maiores serão as economias e menores os efeitos dos aumentos das passagens aéreas. Por exemplo, uma passagem de Belo Horizonte para São Paulo com 16 dias de antecedência pode ser encontrada por R$ 300,00, este mesmo trecho, comprando com um dia de antecedência, pode custar até cinco vezes mais caro”, finaliza Marcelo Linhares.

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