Pedro Menezes   |   25/03/2025 09:27

Prazo médio de entrega de novas aeronaves chegou a 5,3 anos em 2024

Ou seja, muitas empresas estão recebendo aeronaves que encomendaram antes mesmo da pandemia

Flickr/DennisJarvis
Backlog (carteira de pedidos firmes) é de 17 mil aeronaves encomendadas, o que equivale a 50% da frota atual
Backlog (carteira de pedidos firmes) é de 17 mil aeronaves encomendadas, o que equivale a 50% da frota atual

O tráfego aéreo global já superou os níveis de 2019, a demanda por viagens continua aquecida e as empresas aéreas estão operando com recordes históricos no fator de ocupação. Mas, segundo o especialista de aviação e ex-Iata Dany Oliveira, há um grande desafio pairando sobre a indústria: a escassez de aeronaves.

A crise na cadeia de suprimentos e as limitações na produção mantêm as entregas de novos aviões 30% abaixo do pico pré-pandemia, com prazos de entrega que chegaram a 5,3 anos em 2024. Ou seja, muitas empresas estão recebendo aeronaves que encomendaram antes mesmo da pandemia.

"Sem opções imediatas para expandir suas frotas, muitas empresas têm se voltado ao mercado secundário, mas a oferta de leasing está mais restrita, e os preços atingiram patamares recordes. O resultado? As empresas aéreas tem elevado a utilização diária das aeronaves, alongado a idade média da frota e os fatores de ocupação batendo recordes... uma forma de acompanhar o crescimento da demanda mesmo com gargalos no fornecimento"

Dany Oliveira

O dado mais impressionante é o backlog (carteira de pedidos firmes) de 17 mil aeronaves encomendadas, o que equivale a 50% da frota atual. No ritmo atual de produção, de acordo com a Iata, levaria 13,5 anos para zerar essa fila, o que significa que aeronaves compradas hoje podem ser entregues somente em 2040.

Divulgação

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