Custo da transição sustentável das empresas aéreas será de US$ 4,7 trilhões
O custo de transição anual deve aumentar de US$ 1 bilhão em 2025 para US$ 744 bilhões em 2050
A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata) estima que o custo total da transição sustentável para as companhias aéreas, além dos custos tradicionais com combustível, será de cerca de US$ 4,7 trilhões entre 2024 e 2050. O valor reflete a necessidade de adotar alavancas de transição essenciais para um futuro mais sustentável.
O custo de transição anual deve aumentar de US$ 1 bilhão em 2025 para US$ 744 bilhões em 2050. Para se ter uma ideia, nos últimos 27 anos, as empresas aéreas gastaram cerca de US$ 3,8 trilhões em combustível, uma média de US$ 141 bilhões por ano. Já o o crescimento global da demanda deve ser 2,4x (2024 para 2050).
Os dados compartilhados pelo Country Director da Iata no Brasil, Dany Oliveira, revelam que os cenários LTAG da International Civil Aviation Organization estimam custos de transição sustentável entre US$ 2,7 trilhões e US$ 4,0 trilhões. Já o Air Transport Action Group (ATAG) projeta um custo de US$ 5,3 trilhões.
"Sem a transição, o custo total de combustível deve atingir US$ 692 bilhões em 2050. Adicionar a esse valor o custo de transição anual de US$ 744 bilhões mais do que dobraria a conta total de combustível das empresas aéreas"
Country Director da Iata, Dany Oliveira
De acordo com o International Monetary Fund, em todo o mundo, os subsídios aos combustíveis fósseis foram de US$ 7 trilhões ou 7,1% do PIB em 2022, refletindo um aumento de US$ 2 trilhões desde 2020 devido ao apoio governamental. O FMI ainda espera que esses subsídios aumentem para US$ 8,2 trilhões até 2030, pois a parcela do consumo de combustíveis fósseis nos mercados emergentes continua a subir.
"Para garantir a produção suficiente de SAF e outras soluções de transição, é crucial o apoio político significativo. Somente assim poderemos alcançar economias de escala e reduzir os custos, pavimentando o caminho para um futuro mais verde na aviação", complementou Dany.