Abear destaca inovações tecnológicas do setor aéreo em evento da Anac
Entre as inovações, destaca-se o uso de tablets para o atendimento de passageiros e a operação de rampa
A presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Jurema Monteiro, participou do Security Innovation Forum, evento promovido em São Paulo pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Jurema foi uma das integrantes do painel “Melhorias na jornada do passageiro com as atualizações tecnológicas”.
Segundo ela, a inovação tem desempenhado um papel crucial no setor aéreo. “Há menos de uma década, as reservas de voos eram feitas por telefone e os bilhetes eram emitidos manualmente. Hoje, a tecnologia está presente em todas as etapas das operações das empresas aéreas, desde o planejamento até a execução”.
Entre as inovações, destaca-se o uso de tablets para o atendimento de passageiros e a operação de rampa, proporcionando um controle mais eficaz e uma comunicação aprimorada. A Inteligência Artificial (IA) também tem sido uma aliada importante, auxiliando no atendimento ao cliente final. “A IA categoriza automaticamente as reclamações, identifica subcategorias e endereça rapidamente os problemas mais sensíveis”, disse.
O monitoramento das operações de solo por meio de câmeras e inteligência artificial permite a detecção de movimentos e objetos, transformando essas informações em dados e relatórios que ajudam a melhorar a eficiência. Além disso, o despacho automático de bagagens tem facilitado o processo para muitos passageiros.
“É imprescindível trabalhar novas tecnologias, processos e pessoas com a mesma intensidade. Não adianta termos investimentos altíssimos se não se conseguirmos suportar isso com o processo correto para a melhor experiência do passageiro”
Jurema Monteiro, presidente da Abear
O Country Director da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) no Brasil, Dany Oliveira, destacou que é preciso ver o Brasil com os olhos dos estrangeiros. “Dados apontam que três entre quatro passageiros do mundo gostariam de ter uma experiência mais rápida, desde a chegada ao aeroporto até embarque na aeronave, que se levasse, no máximo, 30 minutos”, observou.
O diretor Jurídico e Regulatório da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), Paulo Costa, ressaltou que a tecnologia pode contribuir com o aumento da demanda de passageiros. “O Estado tem que ter sua participação nesse processo, pois atualmente transportamos 100 milhões de pessoas por ano, mas com investimentos assertivos é possível chegarmos a 250 milhões, com processos tecnológicos mais ágeis”.