Reforma tributária pode triplicar custos da aviação e elevar preço das passagens
Assunto foi alvo de debate dos líderes de Azul, Gol e Latam no painel das aéreas do Fórum PANROTAS 2025

A nova reforma tributária trará mudanças significativas para o setor de aviação, com um período de transição que se estende até 2033. A substituição de tributos como PIS, COFINS, ISS e ICMS por CBS e IBS terá um impacto direto nos custos operacionais das companhias aéreas. Os impactos reais da reforma tributária na aviação já viraram inclusive uma matéria especial aqui mesmo no Portal PANROTAS.
Do jeito que está, o texto da reforma tributária pode fazer com que as passagens aéreas fiquem de 15% a 20% mais caras, incluindo um imposto inédito para voos internacionais (de 0% para 13%). Este assunto foi tema do painel das companhias aéreas, que encerrou o Fórum PANROTAS 2025 com a presença do presidente da Azul, Abhi Shah, do CEO da Gol, Celso Ferrer, e do CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier.
Abhi Shah destacou seu "medo" do Brasil recuar no transporte aéreo. "Não podemos perder este incentivo para que possamos voar para mais lugares do Brasil. Outro ponto de preocupação é o ICMS de cada Estado, mas se a reforma tributária permanecer como está, o Brasil vai perder serviço aéreo", disse ele.
Celso Ferrer, CEO da Gol, lembra que os brasileiros querem a reforma, algo desejado por gerações, mas a visão que foi colocada para o setor aéreo é algo que só acontece no Brasil. "Até simplifica, mas não desta maneira totalmente desequilibrada para a aviação. E os outros setores também vão sentir este peso de voar no Brasil. O que tá claro hoje é que iremos pagar três vezes mais tributos do que atualmente", disse ele.
Jerome Cadier, CEO da Latam, Brasil, afirma que a reforma tributária é bem-vinda para o País porque "simplifica o manicômio", mas coloca todo mundo em uma temperatua mais alta.
"A aviação hoje não é tão taxada, é algo muito parecido com outros países, mas se a reforma tributária ficar como está, ao invés de recolhermos R$ 2 bilhões de impostos por ano, chegaremos a R$ 6,5 bilhões, ou seja, vai impactar o preço diretamente. Não temos dúvida disso e ainda tem mais: a aviação internacional passaria a ser tributada, ou seja, pularia de 0 para 13% a alíquota. Temos até 2032 para convencer o governo de que aumentar o imposto da aviação gera uma reação em cadeia no consumo, no Turismo, no emprego"
Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil
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