Fusão: complementaridade de Azul e Gol é muito grande, diz diretor da Abra
Diretor da Abra afirma que cada frota é desenhada para uma estratégia específica dentro do Brasil
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, já afirmou que as passagens aéreas não ficarão mais caras com a fusão entre Azul e Gol. No entanto, o preço dos bilhetes aéros envolve uma série de fatores externos, de mercado, que vão além da possível união, como combustível, câmbio e impostos.
Manuel Irarrázaval, diretor-financeiro da Abra, grupo sócio majoritário de Gol e Avianca, sabe disso, Em entrevista à Folha de S. Paulo, o executivo não sabe dizer se vai aumentar ou não, mas afirma que a fusão serve para que os clientes tenham mais alternativas e uma melhor conectividade no País.
Segundo o executivo, esta vantagem para os passageiros surgirá pelo fato de ambas serem eficientes, mas terem estratégias diferentes. Com marcas e operações separadas (embora os acionistas sejam os mesmos), Irarrázaval afirma que cada frota é desenhada para uma estratégia específica.
"A Gol tem uma frota de um tipo de avião, desenhada para voar entre cidades grandes e médias ou rotas maiores. A Azul, por sua vez, atinge localidades mais remotas no Brasil. Por isso nós avaliamos que a complementaridade entre elas é tão grande. É uma oportunidade de criar uma companhia aérea muito forte, que pode oferecer aos clientes um produto muito melhor, com mais conectividade"
Manuel Irarrázaval, diretor-financeiro do Grupo Abra, à Folha de S. Paulo